Medicamento que serve como prevenção para HIV será disponibilizado pelo SUS
A Luta

Medicamento que serve como prevenção para HIV será disponibilizado pelo SUS

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30/05/2017 17:31

O Diário Oficial da União de segunda-feira (29) publicou nova indicação para a bula do Truvada, medicamento até então empregado no tratamento do vírus HIV. Com a medida, ele passa a ser utilizado também como Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Ou seja, funciona como método de prevenção em pessoas não infectadas. Além disso, em até 180 dias o Sistema Único de Saúde (SUS) deve iniciar a sua distribuição. Conforme explica o infectologista Eduardo Sprinz, membro do comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o comprimido deve ser tomado uma vez ao dia e reduz o risco de infecção em, no mínimo, 90%. “A ideia básica é de que a pessoa fazendo essa prevenção, ao entrar em contato com o HIV, dificilmente vai ser contaminada. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos aproximadamente 100 mil pessoas já usam a PrEP”, completa. No Brasil, a expectativa é de que, ao longo do primeiro ano de distribuição, a PrEP beneficie sete mil pessoas, com foco em populações mais suscetíveis ao contato com indivíduos que sejam HIV positivo. É o caso de homens que fazem sexo com homens, profissionais da saúde e companheiros ou companheiras que possuem parceiro soropositivo (os chamados casais sorodiscordantes).   Panorama da AIDS  

Teste de farmácia para detectar HIV

No dia 15 deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia registrado o primeiro autoteste para detectar exposição ao vírus da Aids. Destinado ao público em geral, ele poderá ser comprado em farmácias e drogarias, assim como acontece com os testes de gravidez. A caixa do produto contém um dispositivo de teste, um líquido reagente, uma lanceta para furar o dedo, um sachê de álcool e ainda um tubinho para coleta do sangue. O resultado leva entre 15 e 20 minutos para aparecer. Sprinz alerta, no entanto, que embora se aproxime muito dos exames feitos em laboratório, o teste de farmácia não é 100% seguro. “Ele só mede anticorpos, então o nosso organismo precisa de um tempo para produzi-los. Ou seja, nós entramos em contato com o vírus, que começa a se multiplicar e a partir desse momento os anticorpos surgem”, detalha. A indicação da Anvisa é de que o produto só é capaz de apontar a presença do HIV 30 dias depois do momento em que pode ter acontecido o contato com o vírus – seja a partir de relação sexual ou do compartilhamento de agulhas, por exemplo. Assim, se o período de exposição for menor do que um mês, existe a chance de um falso negativo. Para o infectologista, trata-te de mais uma ferramenta importante no auxílio do diagnóstico. “Todo mundo deve ser testado. Quanto maior for esse número, maior também vai ser a chance de tratar essas pessoas e evitar que elas fiquem doentes. Além disso, quanto menos o vírus circular, menor vai ser a quantidade de novos casos”, destaca. Ele ressalta ainda a importância de buscar atendimento médico em caso de resultado positivo. Nessa situação, é feito um exame confirmatório, que vai atestar a necessidade ou não de iniciar um tratamento.
Tags: aids HIV UNAIDS teste de farmácia PrEP

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