Simers em Passo Fundo: entidade lança a Campanha “Salve os Centros Obstétricos” no município
Defesa

Simers em Passo Fundo: entidade lança a Campanha “Salve os Centros Obstétricos” no município

Compartilhe

10/03/2023 13:46

Diante da escalada de fechamentos, na última década, das maternidades gaúchas, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), por meio de seu Núcleo de Obstetrícia, criou a campanha de conscientização “Salve os Centros Obstétricos”, que visa trazer para o debate público a importância da manutenção e dos investimentos em maternidades aqui no Estado. 

 

A ação, originalmente lançada para a Capital e Região Metropolitana, agora será interiorizada, tendo Passo Fundo, principal polo de saúde do Planalto gaúcho, como ponto de partida fora de Porto Alegre. A estreia para a Região aconteceu no fim da tarde de quinta-feira, 9, no Centro Obstétrico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF), junto aos residentes da instituição de saúde, e contou com a presença da diretora da Região Norte do Simers, Sabine Chedid, e do delegado da Entidade e integrante do Núcleo de Obstetrícia, Ricardo Severo, além da preceptora de Obstetrícia, Laura Zanella Caús.

 

“É com muito orgulho que Passo Fundo abre os braços para esta campanha. Trata-se de um tema de suma importância para toda a sociedade, e que seus impactos acabam por afetar os médicos, as parturientes e seus familiares. Como Entidade médica, reforçamos essa campanha e vamos interiorizar o tema para outras regiões e cidades aqui do entorno”, disse Sabine.


Sobre a campanha “Salve os COs”

 

Nos últimos anos, cerca de quase uma década, há uma escalada no fechamento de maternidades em todas as regiões do RS. Em Porto Alegre, houve a descontinuidade dos serviços nos hospitais São Lucas da PUCRS (HSL) e Ernesto Dornelles (HED), além da extinção do setor no Hospital Nossa Senhora do Livramento, em Guaíba, sendo esse um dos casos mais emblemáticos do desmonte da saúde obstétrica gaúcha. No interior do Rio Grande do Sul, localidades como Aceguá, São José do Norte, Rio Grande, Santana do Livramento, Osório, Campina das Missões e, recentemente, Caxias do Sul, tiveram suas atividades ameaçadas ou completamente finalizadas.
 

De acordo com a coordenadora do Núcleo, Márcia Barbosa, “o desmonte do atendimento às parturientes, muito incentivado pelo Poder Público, vem se tornando, ano após ano, cada vez mais intenso e não se leva em conta a mensuração dos impactos destes fechamentos na qualidade de vida, em melhores condições para o desenvolvimento da saúde pública, além dos ataques contra os obstetras, que precisam conviver com estruturas precárias e a intromissão, sem embasamento técnico, de profissionais - ou não- durante o Ato Obstétrico, propriamente dito”, disse.
 

Diante deste levante em prol da destruição da obstetrícia, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcos Rovinski, tem alertado em nome da entidade médica e de seus representados, que expor gestantes e nascituros a riscos desnecessários e com defasagem no atendimento. É abrir prerrogativas para superlotação, que beiram o “medievalismo” e  acabam por contribuir com o avanço da mortalidade fetal, por exemplo”.

 

Tags: Medicina Médicos

Aviso de Privacidade

O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.

Ver Política