Presidente do Simers manifesta-se sobre falta de médicos no PA Lomba do Pinheiro
Pacientes que buscaram a emergência pediátrica do Pronto Atendimento (PA) da Lomba do Pinheiro na noite desta terça-feira (12/11) perderam a viagem. No primeiro plantão sob gestão da empresa SPDM, não havia pediatra na unidade. Apenas clínicos gerais atendiam no local. O quadro previsto para o turno da noite em contrato é composto por dois clínicos e dois pediatras.
Em junho, a SPDM venceu uma concorrência aberta pela prefeitura da Capital para assumir a gestão PAs dos bairros Lomba do Pinheiro e Bom Jesus. A empresa assumiu ontem a gestão na Lomba do Pinheiro e, na próxima semana, deve iniciar os trabalhos na Bom Jesus.
O Simers visitou a unidade PA Lomba do Pinheiro ontem e constatou a falta de profissionais. A ausência de pediatra foi informada em cartaz afixado na porta de entrada do PA, indicando a ausência do especialista das 19h do dia (12/11) às 7h do dia seguinte. Pais que buscavam atendimento para seus filhos eram orientados a procurarem o Hospital da Restinga, distante 8 quilômetros Lomba do Pinheiro.
"A situação do atendimento de urgências nas upas está sendo prejudicado devido a forma imediatista que está sendo tratada a saúde pela prefeitura. A forma em que as empresas terceirizadas deixam para definir as escalas e buscar os profissionais nos últimos instantes leva a tensão pela parte dos médicos e desassistência aos pacientes", afirma o diretor o Simers Guilherme Peterson, que visitou o PA Lomba do Pinheiro.
No que se refere ao atendimento clínico geral, o PA Lomba do Pinheiro registrava na noite de ontem superlotação, mesmo com dois médicos na escala. A espera pelo atendimento poderia chegar a 9 horas.
Na manhã de quarta-feira (13/11), o Simers retornou ao PA Lomba do Pinheiro e constatou a presença de apenas um pediatra, quando a escala do turno prevê dois médicos realizando o atendimento. A falta de médicos na unidade prosseguiu até a quinta-feira (14/11), quando havia apenas um clínico na unidade.
O Simers tem denunciando os riscos da terceirização do atendimento nas unidades de saúde municipais, incluindo o histórico da SPDM em outros locais onde atuou. Em Santa Catarina, por exemplo, onde foi responsável pela gestão dos Hospitais Regional de Araranguá e de Florianópolis, a empresa figura com ré em 38 ações judiciais.
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