Terceirizada não cumpre escala no Pronto Atendimento Bom Jesus e população fica desassistida
A Luta

Terceirizada não cumpre escala no Pronto Atendimento Bom Jesus e população fica desassistida

Empresa terceirizada não cumpre escala e pacientes enfrentam longa espera por atendimento no PA Bom Jesus.

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18/04/2019 00:00

A política de terceirização dos atendimentos médicos nas unidades de saúde de Porto Alegre segue ocasionando desassistência à população da Capital. Vistoria realizada pelo Simers nesta quinta-feira (17/4) constatou que a empresa contratada pela prefeitura para fornecer médicos ao Pronto Atendimento Bom Jesus não disponibilizou profissionais conforme a escala prevista.

Dos quatro médicos clínicos que deveriam atender na unidade havia apenas dois, um estatutário e um da empresa terceirizada. O resultado do desfalque, mesmo com o esforço e a dedicação dos servidores que atuam na Bom Jesus, foi um saguão lotado de pacientes que aguardavam por até 6 horas pelo atendimento.

Foi o caso de Vera Maria Rodrigues Borba, 52 anos. Com dores no peito e na garganta, ela procurou o atendimento na unidade às 10h. Porém, as 16h30min, havia passado apenas pela triagem. “Estou sem comer, esperando por um médico. Mas eles dizem que tem várias pessoas antes de mim”, relatava.

A demora no atendimento à Amélia Ataídes dos Santos Souza, 89 anos, decepcionou sua filha Terezinha Souza Dias. A idosa, que sofre de mal de Parkinson e Alzheimer, aguardava já há 3 horas pelo atendimento, sentada em uma cadeira de rodas.  “É a primeira vez que demora tanto, sempre nos atenderam bem”, lamentava.

Já a diarista Marli Moura Moraes, 55 anos, aguardava há 4 horas por algum médico que a examinasse por conta das fortes dores de cabeça que sentia. “Até agora fiz apenas a triagem. E mesmo assim muito rapidamente, pois havia vários pacientes aguardando”, relata.

Ao constatar a ausência dos médicos terceirizados e a falta de condições de atendimento na unidade, Alessandra Felicetti, diretora do Simers, notificou a situação ao Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers). “A falta de atendimento por conta da ausência dos médicos da empresa contratada é mais uma prova de que a política de terceirização da prefeitura de Porto Alegre não funciona”, afirmou.

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