Frentes Parlamentares S.O.S. Pediatria e em Defesa dos Centros Obstétricos definem ações para a região Metropolitana

Para buscar ações que revertam a crise na assistência pediátrica e obstétrica na região Metropolitana, as Frentes Parlamentares S.O.S. Pediatria e em Defesa dos Centros Obstétricos, das quais o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) faz parte, realizaram uma reunião na tarde desta quarta-feira, 8, na Assembleia Legislativa do Estado (ALRS). A agenda aconteceu no gabinete do deputado Dr. Thiago Duarte, proponente das iniciativas lançadas no mês de agosto, para tratar sobre o gargalo nas duas especialidades junto aos principais municípios da Grande Porto Alegre.

O vice-presidente do Simers, Marcelo Matias, acompanhado do coordenador do Núcleo de Pediatria da entidade, Daniel Wolff, da coordenadora do Núcleo de Obstetrícia, Márcia Barbosa, e das diretoras Anice Metzdorf e Isabel dos Santos, fez um relato da precarização na assistência materno-infantil que vive a região, principalmente em Alvorada, Cachoeirinha e Viamão, cidades que concentram cerca de 600 mil habitantes. Além disso, a possibilidade de fechamento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e do Centro Obstétrico (CO) do Hospital Padre Jeremias (HPJ), de Cachoeirinha, pode agravar ainda mais o atual cenário.

"O Simers vem acompanhado a crise sem precedentes e que atinge as gestantes e as crianças de municípios com um grande número de habitantes. Por isso, queremos mobilizar diferentes setores da sociedade ainda nos próximos meses, pois a união de esforços é fundamental para buscarmos soluções que não penalizem ainda mais os pacientes", afirma o vice-presidente do Sindicato Médico.

Entenda a situação materno-infantil da região Metropolitana:

• Viamão não tem CO há dois anos;
• Gravataí não tem UTI Pediátrica e Neonatal;;
• Guaíba não tem pediatra no hospital e o atendimento infantil é feito por clínicos;
• Sapucaia do Sul e Esteio, para onde as gestantes de Alvorada, Cachoeirinha e Viamão têm sido encaminhadas, não tem condições de absorver a demanda;
• Com isso, Porto Alegre sofre com a superlotação nos hospitais que atendem pelo SUS, que são o Hospital de Clínicas, Materno Infantil Presidente Vargas, Fêmina, Santa Casa e Conceição.