ZIKA: em apenas 20% dos casos aparecem os sintomas da doença
A Medicina

ZIKA: em apenas 20% dos casos aparecem os sintomas da doença

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24/10/2016 11:16

Passado o susto do Zika Vírus, a preocupação agora é deixar claro para a população o quão silencioso pode ser o vírus. Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem a manifestação clínica. A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Marilina Bercini, ressalta que não se tem a transmissão acelerada da doença no Estado, mas sim focos do mosquito espalhados. “O Zika foi identificado no Brasil em 2015 no Nordeste. Nós sabíamos que era questão de tempo para chegar até aqui no Sul. Tínhamos casos importados, mas agora já registramos autóctone, que são casos de pessoas que contraíram o vírus dentro do RS”, contou a diretora. O último balanço apresentado pela Secretaria de Saúde registrava 44 casos. Para os profissionais da saúde, o diagnóstico também não é tão simples. De acordo com o médico Vicente Antonello, infectologista do Hospital Fêmina de Porto Alegre, algumas outras doenças  podem apresentar sintomas parecidos. “Dengue, Chikungunya, rubéola, malária, sarampo, entre outras. Devemos suspeitar de Zika Vírus em pacientes com manifestações clínicas sugestivas (ex. manchas avermelhadas na pele, e febre baixa, somados a dores nas articulações e/ou quadro de conjuntivite não-purulenta)”, salientou o médico. O Zika vírus está associado ao risco de microcefalia, malformação congênita que compromete o desenvolvimento cerebral do bebê.  “Se não fosse a questão da microcefalia e outras complicações, seria uma doença bastante tranquila” acrescentou Marilina. A maior parte dos casos é assintomático. A doença apresenta febre baixa ou ausente, uma erupção avermelhada na pele e coceira no corpo, podendo até passar desapercebidos os sintomas.   Chegada do verão preocupa autoridades/médicos O mosquito Aedes Aegypti costuma ter sua circulação intensificada no verão devido ao período quente e de chuvas. O Aedes precisa de água parada para se reproduzir, por isso a busca para eliminar todo e qualquer foco de possíveis criadouros para evitar a proliferação da espécie. Os cuidados vão de revisar os ambientes da residência e onde se trabalha para não manter nenhum recipiente que possa juntar água. Garrafas destampadas, vasos de plantas, pneus e baldes. Marilina salientou que mesmo o Estado tento épocas de muito frio, a vigilância deve continuar. Não se pode juntar água em qualquer tipo de recipiente. Uma vez por semana que a pessoa se preocupe e se dedique a fazer a faxina do seu ambiente, ela vai evitar muitos focos do mosquito”, concluiu a coordenadora. Formas de contrair o vírus - Pela picada do mosquito quando este carrega o Zika. - De mãe para filho (congênita) quando a mãe se infecta por Zika vírus na gestação. - Sexualmente pelo esperma quando uma pessoa tem relação sexual desprotegida com um indivíduo com infecção recente pelo Zika vírus. Você sabe diferenciar? Dengue: Febre alta; dor trás dos olhos; intensas dores nos músculos Zika: Febre baixa, machas vermelhas, inchaço nas articulações Chikungunya: Febre alta, articulações doloridas   SIMERS na luta contra o Aedes O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) vem colaborando com o Governo do Estado na disseminação das informações importantes no combate contra o Aedes Aegepty. Desde 2015, segue produzindo vídeos informativos para veiculação em rádio, TV e internet, confeccionou uma cartilha informativa para os médicos do Estado, distribuiu 3,5 milhões de folhetos para sociedade, criou um espetáculo infantil que explica sobre o mosquito (os atores são voluntários que trabalham no SIMERS)  e montou, no Museu de história da Medicina (MUHM),  um jogo com tabuleiro gigante no qual as crianças aprendem brincando, quais são os cuidados essenciais para que não haja a procriação e proliferação do Aedes Aegypti.
Tags: Aedes aegypti #RScontraAedes campanha zika vírus epidemia zika vírus

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