Simers confere situação das unidades de saúde de Cidreira
A Luta

Simers confere situação das unidades de saúde de Cidreira

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30/11/2017 17:05

Foto: Nana Hausen/Simers
Foto: Nana Hausen/Simers
O Simers foi a Cidreira nesta quarta-feira (29/11) para verificar as condições de trabalho e infraestrutura existentes das unidades de saúde do município, situado no Litoral Norte.  As visitas foram comandadas pelo diretor da entidade médica, André Gonzales, que conferiu de perto a realidade dos serviços prestados à população, em época que antecede o início da temporada de verão. Com 20 mil habitantes durante todo o ano, Cidreira passa a contar com uma população de cerca de 80 mil pessoas no veraneio. Em função disso, é necessário que os postos de saúde estejam em condições de acolher o aumento da demanda. “Estamos aqui para ver de perto a realidade dessas unidades, detectando o que precisa ser melhorado tanto em relação aos médicos quanto às condições físicas oferecidas para o atendimento da comunidade. Somos parceiros na busca de soluções que assegurem qualidade ao serviço da saúde”, destacou o diretor do Simers. Cidreira possui somente um médico pediatra para atender a demanda de todos os cinco postos de saúde existentes. Na rede municipal, o tempo de espera de uma consulta com médico especialista varia entre 2 a 6 meses. A demora ocorre principalmente para quem precisa de atendimento com endocrinologista, neurologista, ortopedista e urologista. Ao visitar a USF Brisas do Mar, o Simers constatou que a demora nos exames laboratoriais é uma queixa dos pacientes, que aguardam cerca de 2 meses para receber o resultado. “Tenho tumor na cabeça e, mesmo assim, meu exame está marcado para março, o que pode prejudicar meu tratamento”, lastimou Silvana Barcelos, que tem 55 anos e é dona de casa. Na Unidade de Urgência e Emergência 24 horas Eva Dias de Melo, são atendidos cerca de 220 pessoas por dia na baixa temporada. No verão, a demanda triplica. O principal dilema apontado pelos profissionais  é não ter para onde e nem como transportar os pacientes para um hospital de referência.  “Soubemos de um caso que aconteceu neste fim de semana que não foi possível encaminhar um paciente com problema na aorta para o hospital de Tramandaí, em função da superlotação. A saída para salvar a vida dele foi mandá-lo para Porto Alegre. Para isso, a prefeitura teve que custear uma ambulância pelo valor de R$ 2.400, às custas do caixa do tesouro municipal”, falou Gonzales. Outro problema na unidade é a inexistência de um porteiro, o que compromete a segurança dos profissionais e de pacientes.
Foto: Nana Hausen/Simers
Foto: Nana Hausen/Simers
Ao chegar na USF Costa do Sol, os representantes do Simers encontraram com o secretário municipal de Saúde, Sérgio Guimarães. Na ocasião, Gonzales relatou os problemas detectados nas visitas. Como retorno aos questionamentos, o secretário justificou que a situação ocorre por falta de repasses do governo estadual. “É importante o Simers vir aqui e se tornar um parceiro da nossa administração, para nos ajudar a pressionar e a encontrar saída para as dificuldades que enfrentamos”, confessou o secretário.
Tags: condições de trabalho Falta de Condições de Trabalho

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