Médicos vivem noite de medo neste domingo no PACS, fechado após tiroteio
A Luta

Médicos vivem noite de medo neste domingo no PACS, fechado após tiroteio

Violência e insegurança voltaram com força neste domingo (28) a dominar o Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), zona sul de Porto Alegre. Um tiroteio no fim da tarde, que gerou feridos - alguns levados para atendimento no PACS, provocou...

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29/02/2016 01:28

Violência e insegurança voltaram com força neste domingo (28) a dominar o Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), zona sul de Porto Alegre. Um tiroteio no fim da tarde, que gerou feridos - alguns levados para atendimento no PACS, provocou o fechamento da emergência, situação que é mantida até o começo da madrugada desta segunda-feira (29). No fim da noite deste domingo, um novo tiroteio, em frente ao PACS, elevou a tensão e o medo, segundo médicos que conversaram com o Sindicato Médico do RS (SIMERS).
150925_Incêndio_Ônibus_PACS_crédito_Jorge Eltz
Ônibus queimado em frente ao PACS em setembro de 2015 virou símbolo da violência
O Sindicato convocou assembleia extraordinária para esta terça-feira (1 de março), a partir das 19h no SIMERS (Rua Corte Real, 975), para definir as medidas a serem adotadas diante da gravidade do quadro. Na manhã desta segunda (29), a entidade verificará se há condições para retomar o atendimento no local. Em 25 de setembro do ano passado, episódio semelhante provocou o fechamento do PACS (houve tiroteio e morte em frente à unidade na guerra de traficantes), e a posição da categoria era de só voltar a atender com a garantia de segurança. De lá para cá, a insegurança é crescente e a proteção quase inexistente. Médicos falam que não há como reabrir. Os profissionais continuam na emergência, pois ainda há pacientes em observação. Os servidores só podem deixar o local após todos os doentes serem transferidos a hospitais. Relatos indicam que nem algumas ambulâncias do SAMU estão chegando ao local. A situação mais difícil é verificada na emergência em saúde mental, onde há mais de 20 pacientes, mesmo que a capacidade seja de 14 vagas. O SIMERS já denunciou ao comando do Ministério Público Estadual a violação dos direitos humanos, pois os doentes são colocados no chão por falta de leitos. > Medo de novos tiroteios faz com que postos de saúde fechem as portas > (Outubro 2015) PACS tenta se recuperar do medo Médica faz desabafo no Facebook, por volta de 21h deste domingo: "Novo tiroteio no entorno do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, onde eu estava de plantão! Dois baleados, um por acaso e outro por motivo, levados para atendimento e mais 3 ou 8, informações imprecisas, mortos na rua. SAMU só pode sair de lá com um dos baleados, escoltado pela BM que só chegou ao local, 1:30 depois de chamada! Pânico total, servidores e pacientes do saguão correndo pelos corredores para se esconder! ATE QUANDO??? ATE QUANDO AS AUTORIDADES MUNICIPAL, PREFEITO JOSE FORTUNATI, ESTADUAL, GOVERNADOR JOSE IVO SARTORI E FEDERAL, DILMA ROUSSEF, VÃO EXPOR E EXIGIR QUE MEDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DO SUS ESTEJAM A MERCÊ DE BANDIDOS ARMADOS ATE OA DENTES, ENQUANTO TENTAM FAZER O SEU TRABALHO????? CHEGAAAAAAAAAAAA!!!!!"
Tags: tiroteio fechamento serviço violação dos direitos humanos Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) insegurança Brigada Militar postão da Cruzeiro

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