TAQUARI: Médicos do Hospital São José estão até 18 meses sem receber honorários
Atraso no pagamento dos salários dos médicos, falta de condições de trabalho e estrutura precária agonizam a saúde do Hospital São José, em Taquari. A situação da instituição foi tratada em reunião ocorrida no Ministério Público do Município, na manhã...
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18/01/2017 17:37
Atraso no pagamento dos salários dos médicos, falta de condições de trabalho e estrutura precária agonizam a saúde do Hospital São José, em Taquari. A situação da instituição foi tratada em reunião ocorrida no Ministério Público do Município, na manhã desta quarta-feira (18/01), entre o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), o prefeito de Taquari, Emanuel Hassen, o vice-prefeito, André Luís Brito, representantes do Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV), representantes da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), da secretaria municipal de Saúde e médicos que trabalham no hospital.
O hospital vive uma situação caótica. Os médicos estão com os honorários atrasados há 18 meses. Segundo a ISEV, que administra o hospital, a falta de pagamentos aos profissionais deve-se à ausência de repasses por parte do Estado e da prefeitura de Taquari.
Após vistorias feitas pelo Sindicato Médico, ficaram constatados problemas de inexistência de remédios básicos para os atendimentos, como soro fisiológico e Plasil, e falta até mesmo de papel higiênico. Segundo o diretor do SIMERS, André Gonzales, o cenário obrigou os médicos a comprarem os materiais necessários para atender os pacientes, o que motivou o pedido de demissão de alguns profissionais. Em função das más condições de trabalho, o hospital deixou de oferecer atendimento de traumatologia, oftalmologia e neurologia.
Para tentar reverter a situação, ficou definido na reunião que a ISEV apresente o balanço financeiro de 2016, no prazo de 30 dias, assim como um planejamento para pagamento de dívidas, incluindo valores devidos aos médicos. A 16ª CRS fornecerá, em 30 dias, relatórios sobre a funcionalidade e o atendimento do hospital.
Atento à situação, o SIMERS fornecerá informações com propostas de outras instituições que possam assumir a instituição. “Ficou clara a dificuldade financeira do hospital de manter especialidades por conta da falta total de condição de trabalho. A reunião foi produtiva e não queremos que ocorra em Taquari o mesmo que aconteceu em outras cidades, onde hospitais fecharam", avalia o diretor do SIMERS.
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