Gestão financeira não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas - seja para finanças pessoais, trabalhadores autônomos ou empresários. No caso do médico, a tarefa pode ser ainda mais difícil porque os profissionais costumam ter diferentes
fontes de renda vinculados à pessoa física, da pessoa jurídica, e ainda administrar as finanças do consultório.
Para colocar as finanças em ordem, é preciso separar os gastos pessoais e do trabalho, fazer um controle financeiro pessoal, organizar as contas do consultório em um
livro-caixa e fazer uma projeção de rendimentos para se programar. Com isso, é possível tornar a gestão do dinheiro mais eficiente, manter as contas no positivo e evitar cair na malha fina da Receita Federal.
Para ajudar os médicos,o setor contábil do SIMERS elencou algumas dicas para otimizar a gestão financeira dos médicos. Confira:
1) Faça um livro-caixa
Se o médico possui um consultório, é muito importante fazer um livro-caixa. Com ele é possível abater uma série de gastos do ajuste da declaração anual do
Imposto de Renda como congressos, aluguel, água, luz, telefone, salário e encargos da secretaria, entre outros pertinentes a atividade exercida.
Além disso, o livro-caixa funciona como um
controle financeiro do negócio. Ele vai ser o registro de todas as entradas e saídas de dinheiro do consultório e, a partir desta ferramenta, será possível compreender se os gastos estão muito altos, se há gastos supérfluos que poderão ser cortados, se o valor da consulta está adequado, entre outras questões.
2) Faça um controle financeiro pessoal
Um controle financeiro pessoal vai permitir que o médico compreenda quais são seus reais
rendimentos mensais e qual é o seu
padrão de gastos. A partir desse conhecimento, é possível gerenciar melhor as contas, evitar endividamento e criar planos financeiros.
A partir do livro-caixa, fica mais fácil fazer o controle financeiro pessoal. O médico pode estabelecer uma espécie salário, que pode ser um valor fixo ou uma porcentagem do rendimento do consultório. Além disso, é preciso registrar todos os rendimentos de fora do consultório, como prestação de serviço para hospitais e clínicas. Conhecer os rendimentos é fundamental para poder tomar boas
decisões financeiras.
O médico pode usar uma planilha ou um aplicativo de celular para fazer esse controle, anotando todo o dinheiro que entra e sai e ajustar os gastos para evitar endividamento. É muito comum o médico centralizar os gastos no
cartão de crédito e depois não ter renda suficiente para pagar a fatura na íntegra. Além disso, na hora de entregar a declaração do IR, não conseguir comprovar renda mensal suficiente para o pagamento das faturas do cartão de crédito, incluindo também os gastos do cartão do dependente. Para evitar que isso aconteça, o profissional precisa saber quanto dinheiro dispõe para gastar.
3) Faça uma projeção financeira
Com o livro-caixa do consultório e o controle financeiro pessoal, é possível fazer uma projeção financeira tanto para o consultório quando para as contas pessoais,
planejando as contas do futuro próximo. Para fazer essa projeção, deve-se anotar o provável rendimento (baseado na média de rendimentos dos meses anteriores), registrar os gastos fixos previstos (como aluguel, condomínio e plano de saúde) e os possíveis gastos variáveis (como alimentação e energia elétrica)
Baseado nesses números, é possível compreender quanto dinheiro irá sobrar e fazer um planejamento de como utilizar estes valores - inclusive planejando poupança, investimentos e viagens.
4) Contrate uma assessoria
O médico pode fazer o livro-caixa, o controle financeiro pessoal, a projeção das finanças e a declaração de imposto de renda sozinho. Porém, não é uma tarefa fácil, ainda mais com a carga horária carregada dos médicos. Além disso, é bastante comum que os médicos caiam na
malha fina em função das relações de trabalhos atípicas, a variedade de fonte de renda e por não possuírem o conhecimento técnico frente às exigências do fisco
Uma assessoria pode fazer o livro-caixa para o médico, declarar o Imposto de Renda já com todas as despesas que podem ser abatidas (seja do consultório ou da vida pessoal), fazer a apuração do carnê leão, resolver processos de malha-fina, apuração de ganho de capital, além de orientar o profissional enquanto as suas finanças pessoais. No caso da assessoria contábil do Simers, os associados têm acesso a todos esses serviços por apenas R$ 55 mensais.
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Por Shana Sudbrack/Cartola - Agência de Conteúdo