Pela terceira vez em um mês, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Tronco, na Grande Cruzeiro, zona sul de Porto Alegre, foi fechada devido a um alagamento decorrente da chuva que cai na região desde o final da tarde de quarta-feira (02). O Sindicato Médico do RS (SIMERS) está cobrando da Secretaria Municipal da Saúde providências sobre a situação.
Ao chegar para o expediente na manhã dessa quinta-feira (03), a médica Rosemeri Cohen precisou dispensar os pacientes que aguardavam atendimento pela total falta de condições no local. Segundo ela, dois consultórios, a sala de curativos, a sala de triagem, os corredores e a sala de espera estão inundados, impossibilitando atender com segurança. “Não temos um espaço seco para atender os pacientes. Trabalhar nessa situação coloca em risco a saúde da população e a dos profissionais”, explica, lembrando que as consultas não realizadas serão transferidas para outras datas.
O SIMERS encaminhará um ofício cobrando esclarecimentos e ações do secretário de saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter. Além disso, a gerência distrital da região da UBS Tronco também encaminhou documento para a SMS pedindo interferência para a solução do problema. A unidade está instalada junto a uma escola estadual e o prédio pertence ao estado, que deve ser o responsável pelo conserto da infiltração.
Falta de estrutura e remédios e até chuva assolam UBS Tronco
No final de fevereiro o SIMERS divulgou um vídeo feito pelos médicos do local, mostrando a chuva dentro das salas de atendimento. Inclusive relatou que os próprios pacientes ajudaram a limpar o espaço para que as consultas pudessem ser realizadas. Hoje isso não pode ser feito, pois segue chovendo dentro do prédio, tornando inviável o serviço. “É um absurdo ter que fechar e transferir atendimentos por que o posto está alagado”, lamenta Rosemeri.
Em 16 anos de trabalho na UBS Tronco, a médica conta que episódios como esse são recentes, mas têm ocorrido com frequência nas últimas semanas. Além do transtorno causado, há a expectativa de mais períodos de chuva intensa nas próximas estações, o que gera grande receio entre os servidores do local. A informação repassada é de que a Secretaria Municipal de Saúde tem conhecimento da situação, mas até o momento não foram tomadas atitudes em relação ao problema.