Os constantes atrasos nos pagamentos dos médicos obstetras que atuam no Hospital de Alvorada têm colocado em risco as parturientes do município. O alerta é feito pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que conferiu de perto a situação que afeta os profissionais contratados via pessoa jurídica, em nova visita realizada na manhã desta segunda-feira, 2.
Para se ter uma ideia do problema, o atraso de três meses nos honorários dos obstetras resultou na falta dos profissionais para o plantão das 7h às 19h já na primeira segunda-feira de outubro. Com isso, as gestantes que chegam ao local para o nascimento dos seus bebês precisam ser transferidas de ambulância para o Hospital Padre Jeremias, de Cachoerinha.
"Ouvimos do diretor administrativo, Carlos Grossini, que eles aguardam o repasse extra do governo do Estado para o Instituto de Cardiologia, responsável pela gestão da instituição. Infelizmente, isso é apenas um paliativo para a crise que se arrasta há meses", lamenta o diretor do Simers, Jeferson Oliveira.
De acordo com o Hospital, o plantão se normaliza a partir das 19h. Entretanto, volta a ficar sem obstetras na noite de quarta-feira, 4. "Esperamos ter uma boa notícia para darmos aos médicos, pois a situação está insustentável, com médicos sem receber pelo trabalho realizado e a população desassistida", afirma o diretor do Simers.
Além da Obstetrícia
O problema da falta de pagamento também afeta o atendimento em clínica médica, que no dia de hoje se encontra restrito e de portas fechadas, com apenas um médico rotineiro vendo os pacientes já internados e os casos graves que chegam na Emergência.
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