Apenas um médico presta atendimento no centro obstétrico e no pronto atendimento do Hospital Universitário de Canoas
A situação do Hospital Universitário de Canoas (HU) é preocupante. O Centro Obstétrico (CO) e o Pronto Atendimento (PA) do hospital atenderam nesta sexta-feira (03) apenas casos de urgência e emergência, por conta da falta de profissionais. As alas contaram...
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03/03/2017 19:09
A situação do Hospital Universitário de Canoas (HU) é preocupante. O Centro Obstétrico (CO) e o Pronto Atendimento (PA) do hospital atenderam nesta sexta-feira (03) apenas casos de urgência e emergência, por conta da falta de profissionais. As alas contaram somente com um médico e mais um residente, deslocado de sua função para auxiliar nos atendimentos. Durante a manhã, 25 pacientes aguardavam atendimento por um especialista no PA.
Desde que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde (Gamp) assumiu o comando do HU, em 1 de dezembro, os atrasos de salário são recorrentes. Mas também há falta de medicamentos, luvas cirúrgicas, sacos de lixo, entre outros itens essenciais para o exercício da Medicina. Por conta da total falta de condições de trabalho, que prejudica o atendimento à população, a instituição acaba perdendo especialistas.
O diretor do SIMERS André Gonzales lamenta e diz que a situação na unidade está se tornando caótica “Não pode ficar apenas um médico no Centro Obstétrico e um residente para dar apoio. Além dessa questão, há também a carência de material básico, fármacos. É uma situação que beira ao caos. É difícil de acreditar que uma cidade como Canoas apresente esse tipo de serviço para a população”, destaca Gonzales. O diretor também afirma que os problemas precisam ser solucionados de maneira imediata, começando por contratações de médicos.
SIMERS ingressa com ação contra o Gamp e prefeitura de Canoas
O SIMERS ajuizou, no final da tarde de sexta-feira (3), Reclamatória Trabalhista contra o GAMP e o município de Canoas, em razão dos atrasos no pagamento dos salários dos médicos.
Dentre os pedidos da ação está a condenação da GAMP e do Município de Canoas ao pagamento dos salários atrasados e demais parcelas da remuneração, com aplicação da multa prevista na norma coletiva, além de atualização monetária e juros, sob pena de fixação de multa pelo juízo, em caso de inadimplemento; a exibição dos contracheques dos meses de novembro e dezembro de 2016, segunda parcela da gratificação natalina de 2016 e janeiro de 2017; o recolhimento do FGTS em parcelas vencidas e vincendas; a indenização pelo dano moral decorrente dos reiterados atrasos no pagamento dos salários; a penhora dos créditos nas contas bancárias do GAMP, e bloqueio dos créditos da GAMP junto ao Município de Canoas.
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