As melhores dicas para administrar as finanças do seu consultório

Empreender é sempre um desafio. Para os médicos, a realidade não é diferente. Abrir um consultório não exige apenas ser um profissional capacitado, mas também muito planejamento. Aliás, o professor e consultor de empresas Nelmar Vaccari entende que esse é o principal cuidado na hora de abrir qualquer negócio. “Na realidade, não planejar é assustador. Se planejando já é um pouco difícil, trabalhando em cenários complicados como o brasileiro, em que a gente vê que todos os dias têm uma notícia nova, sem isso fica complicado”, explica Vaccari. Para ele, talvez o planejamento nem sempre consiga eliminar os riscos, mas ele certamente ajuda a conhecer as principais dificuldades que o negócio pode enfrentar. Assim, fica mais fácil criar estratégias e resolver os problemas antes que eles ganhem proporções maiores. Não sabe como começar? Confira quatro aspectos para incluir na sua lista de cuidados com as finanças do seu consultório – especialmente em tempos de crise. Eles são essenciais para quem está começando, mas não menos importantes para quem já empreende há mais tempo.

Fluxo de caixa

Organização financeira é fundamental e tudo passa por um controle adequado do fluxo de caixa. Ele é uma ferramenta de planejamento que ajuda a projetar qual vai ser o saldo disponível no período planejado. Conforme lembra Vaccari, quando ele começa a apresentar problemas, muita coisa errada já aconteceu antes. “Por isso, é fundamental manter uma contabilidade sem exageros, mas que funcione para controlar as suas contas e ter alguma previsão”, ressalta.

Endividamento bancário

No Brasil, não é difícil encontrar instituições financeiras que ofereçam empréstimos para você começar o seu negócio. O problema, porém, costuma aparecer quando analisadas as taxas de juro, que podem multiplicar a dívida. Por isso, o principal cuidado é fazer uma avaliação a longo prazo e entender como o valor do empréstimo ou financiamento pode comprometer as finanças do negócio. Por exemplo, avalie se a quantia pode ser embutida no preço do serviço ou atendimento oferecido. “Se não conseguir, tudo vai estourar lá no caixa em um determinado momento”, avalia o consultor de empresas.

Finanças pessoais x finanças do negócio

“Embora a calça seja a mesma, os bolsos são diferentes. Aí depende de cada um fazer uma separação boa do que é recurso financeiro que é seu, daquilo que é da empresa”, aconselha o professor. O cuidado deve ser ainda maior quando existem um ou mais sócios. Do contrário, vai ser difícil dimensionar até mesmo o lucro.

Comunicação com os sócios

O sócio pode até ser o seu melhor amigo, mas empreender sempre exige um cuidado a mais na hora de se comunicar. Afinal, quem cuida de qual parte? E os investimentos, como vão ser feitos? Os lucros serão divididos igualmente? Sem deixar tudo muito bem explicado, qualquer mal entendido pode virar combustível para uma crise.

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