Para evitar que os trabalhadores do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, e a população sejam penalizados com a troca da gestão, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e os demais sindicatos envolvidos vão fazer parte de uma comissão que vai tratar diretamente da transição. A definição ocorreu durante a segunda audiência de mediação entre as entidades sindicais, o governo do estado, o Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), a Associação Beneficente João Paulo II e o Hospital Ana Nery, realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT 4), nesta quinta-feira, 4, na Capital.
Para a diretora do Simers, Luciana Mesko, a medida é fundamental para garantir a segurança dos profissionais e o atendimento aos pacientes, devido à falta de transparência sobre as rescisões contratuais. “Vamos aguardar a definição ainda das datas e horários, pois isso precisa acontecer o mais rápido possível, para evitar que o ocorrido em Alvorada se repita em Cachoeirinha, na próxima segunda-feira. Isso porque presenciamos médicos e demais trabalhadores sem saber sobre o futuro das suas atividades, como a incerteza na troca de plantões e que refletem na desassistência à população”, afirmou Luciana.
Também ficou definido que o estado vai receber os documentos referentes às parcelas rescisórias para análise e definição se haverá necessidade de encaminhamento de um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do RS, para assegurar a verba utilizada na quitação dos débitos, uma vez que os valores não foram definidos em dotação orçamentária. Hoje, são cerca de mil trabalhadores envolvidos, o que equivale a R$ 41 milhões devidos.
“Apesar do Hospital Ana Nery, que está previsto para assumir o Hospital Padre Jeremias, já ter chamado o Simers e demais entidades para o diálogo, ainda não sabemos como será o impacto desta troca”, ressalta Luciana.
A próxima mediação vai ocorrer no dia 30 de abril, às 14h.
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