Cachoeirinha: greve inicia com adesão de servidores e apoio da população
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06/03/2017 15:00
SIMERS orientou médicos e usuários
Os médicos municipários aderiram ao protesto. Foto: Divulgação/SIMERS
Iniciou nesta segunda-feira (06) a greve dos servidores municipais de Cachoeirinha, com intensa adesão dos trabalhadores e apoio da população. O Sindicato Médico do RS (SIMERS) orientou médicos e esclareceu a população da cidade sobre a mobilização.
O diretor Willian Adami conversou com colegas no Centro de Especialidades Clínicas (CEC) e no Pronto-Atendimento 24 horas. No caso deste último, os profissionais seguem atendendo a demanda, mantendo os serviços direcionados aos casos de urgência e emergência – conforme preconizado neste tipo de estabelecimento. Nas demais unidades, estão sendo mantidos 50% dos atendimentos.
A comunidade que aguardava por consulta no PA 24 horas, no bairro Fátima, ouviu os motivos da paralisação e manifestou apoio. No local existem outras demandas que impactam os usuários, como a classificação de risco. Também faltam profissionais para cobrir a escala da pediatria e da clínica médica.
Os médicos e demais servidores de Cachoeirinha exigem negociar a revogação do pacote de medidas adotado pela prefeitura, que atinge diretamente os direitos adquiridos dos trabalhadores. Promovido pelo Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (Simca), o movimento tem o apoio do SIMERS e envolve 3,5 mil profissionais. O prefeito Miki Breier (PSB) afirma que os projetos, que ainda passam pela sua sanção, são para retomar o equilíbrio financeiro, mas não mencionou mexer nos R$ 27 mil que recebe pela função ou nos R$ 20 mil do vice-prefeito, Maurício Medeiros.
Municipários são contra o pacote de medidas da administração municipal. Foto: Divulgação/SIMERS
As perdas dos servidores de Cachoeirinha
A proposta da prefeitura, aprovada pela Câmara dos Vereadores, prevê que sejam adotadas medidas administrativas como corte total do auxílio alimentação para funcionários que recebem acima de R$ 5 mil, redução nos adicionais de progressão do servidor, supressão de outros direitos e alterações que não permitem que o servidor tenha assegurada a remuneração que previa no final de sua carreira.
Outra questão que preocupa é o fato de a prefeitura querer disciplinar a jornada de trabalho dos servidores, especialmente os médicos especialistas que fizeram concurso para 8 horas semanais. Caso seja cumprida a Ordem de Serviço nº 02/2017, os médicos prestarão seus serviços ao longo dos cinco dias úteis da semana. Para o SIMERS, tudo indica que os médicos especialistas também terão que cumprir a jornada de segunda a sexta-feira, o que provocará o desinteresse de muitos.
Cartaz fixado pelos municipários de Cachoeirinha. Foto: Divulgação/SIMERS
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