Como parte da agenda de luta dos profissionais da saúde, que paralisaram na quarta (9) e nesta quinta-feira (10), cerca de 300 trabalhadores se mobilizaram em caminhada pela defesa da saúde. Em pauta, a reivindicação de reajuste integral da inflação (9,91%) e melhores condições de trabalho.
A caminhada teve início em frente ao Hospital Nossa Senhora da Conceição e seguiu pela Rua Francisco Trein até a esquina da Avenida Assis Brasil com a Rua Domingos Rubbo. Durante o trajeto, os trabalhadores gritavam palavras de ordem como
"Trabalhador na rua, patrão, a culpa é sua!" e
"A nossa luta é de todo o dia, saúde não é mercadoria".
Também não faltaram faixas e adesivos ressaltando que os trabalhadores e a população não podem pagar a conta. Na chegada ao Hospital Cristo Redentor, novas manifestações ocorreram, com discursos de lideranças presentes. Pelo SIMERS, falou a vice-presidente Maria Rita de Assis Brasil. Em sua fala, ela ressaltou a importância de uma mobilização unificada.
“Pela primeira vez em todo o nosso movimento de trabalhadores, nós estamos aqui em quase 20 entidades, 18 sindicatos e mais associações. Nós temos os médicos, os enfermeiros, os nutricionistas, o Sindisaúde, os psicólogos, os assistentes sociais. Somos um grupo muito grande, temos muito valor”, destacou.
Maria Rita aproveitou ainda para reiterar a perda salarial que os profissionais da saúde vêm sofrendo e a contradição no discurso dos hospitais ligados ao Sindihospa. Enquanto alegam a falta de recursos para pagar o INPC integral, são inúmeras as obras de ampliação ocorrendo - inclusive de prédios administrativos.
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Assembleia geral ocorre amanhã
Na sexta-feira (11), às 13h30, os profissionais da saúde se reúnem em assembleia geral, em frente ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, para definir os rumos da mobilização. A reunião foi marcada após a falta de acordo na audiência de conciliação realizada na terça-feira (8), no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4).
Além dos 3,5% de reajuste a partir de junho e de 1,5% em dezembro (no caso dos médicos), a patronal adicionou à proposta 1% a partir de janeiro de 2017, totalizando 6%. O valor, bem abaixo da inflação, é considerado desrespeitoso pelos trabalhadores.