Cancelado o programa de residência em radiologia do Hospital Beneficência Portuguesa, após pressão do SIMERS

Por conta de ações do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), o Programa de Residência Médica em Radiologia do Hospital Beneficência Portuguesa (HBP) foi cancelado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19), em Brasília, na reunião da plenária da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), onde representantes do SIMERS estiveram presentes, acompanhando a discussão do caso. A plenária aprovou, por unanimidade, o cancelamento do programa de residência; portanto, os médicos residentes serão transferidos para outros programas, ainda sem data e instituição definidos.  Esse encaminhamento será dado pela Comissão Estadual de Residência Médica (CEREM). Durante a reunião, o diretor do SIMERS Willian Adami expôs a gravidade do caso e ressaltou que a crise por que passa o Estado não pode servir de desculpa para o descaso com os programas de residência. “Queremos receber todos os médicos residentes que estejam passando por qualquer problema em suas instituições. A crise pela qual estamos passando, especialmente em nosso Estado, jamais poderá servir de escusa para a falta de comprometimento com a formação médica”, salientou Adami.

Entenda o caso

Em março deste ano, os residentes fizeram uma série de denúncias contra o programa de residência médica oferecido pela instituição. Em reunião, no auditório do SIMERS, os médicos alegaram que o programa não corresponde ao mínimo exigido pelo Ministério da Educação (MEC). Afirmaram que não contam com a orientação de preceptores, com a quantidade necessária de equipamentos para o exercício das atividades, além de confirmarem que desde o dia 1º de dezembro estão sem atividades no hospital, realizando estágios em instituições conveniadas. O motivo alegado seria a mudança da empresa terceirizada responsável pelos exames de imagem e manutenção dos aparelhos de radiologia. Logo após as denúncias, o Sindicato assumiu a responsabilidade de auxiliar os médicos nesse problema. A entidade acompanhou o encaminhamento da questão ao CNRM, ainda no mês de março, para entrar na pauta da comissão.