O anúncio sobre a entrega de dez novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Canoas, chamou a atenção do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Para o presidente da entidade, Marcos Rovinski, a ampliação da capacidade de atendimento vai na contramão da situação dos médicos que atuam no local. “Enquanto a prefeitura abre leitos, os profissionais enfrentam constantes atrasos na remuneração e precárias condições de trabalho. Como será possível atender a população se os médicos enfrentam desde a falta de antibióticos até ambientes sem climatização adequada ou com goteiras e infiltração?”, questiona Rovinski.
O presidente do Simers ressalta que já cobrou da Prefeitura um cronograma de pagamento para colocar em dia a remuneração dos cerca de 20 médicos que atuam na UTI do HNSG. Além disso, o Sindicato Médico aguarda um dossiê da gestão de Canoas, sobre a real situação financeira dos três hospitais do município, que são responsáveis pelo atendimento de pacientes de cidades vizinhas da região Metropolitana.
“Já encaminhamos ofícios para o Conselho Regional de Medicina e para o Ministério Público Estadual, pois precisamos que os médicos tenham a garantia que possam exercer a profissão com segurança para eles e para os pacientes. Estamos dialogando com o prefeito e o secretário de Saúde, mas vemos que a assistência em Canoas vem sofrendo há anos sem receber a atenção que o município desse porte necessita”, lamenta Rovinski.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.