O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou reunião virtual com os médicos que prestavam serviço em três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Canoas e em quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município. O objetivo do encontro, realizado nessa terça-feira, 21, foi ouvir dos profissionais a situação do pagamento do período atrasado de suas remunerações e a relação com a Medlife, empresa que era responsável pelas escalas dessas unidades até metade de novembro.
A reunião foi conduzida pela diretora da Região Metropolitana do Simers, Alessandra Felicetti, que reforçou a disponibilidade do Sindicato para orientar os médicos que preferissem ingressar na Justiça com a cobrança da remuneração atrasada. Aqueles que participaram do encontro confirmaram que pretendem esperar até o fim de janeiro a regularização do período correspondente a setembro, outubro e parte de novembro.
“Como as decisões judiciais são mais demoradas, a maior parte da categoria pretende seguir tentando resolver o impasse pela via administrativa. Mas também já está cansada de não ter uma garantia de que isso vá acontecer e estabeleceu esse prazo definitivo para encerrar a negociação”, relatou Alessandra. Depois disso, cada médico deverá ingressar com ação individual, e será orientado sobre isso pelo Simers.
A maioria dos profissionais já se desligou da prestação do serviço e manifestou descontentamento também com a dificuldade de comunicação com a Medlife. A empresa, conforme relatos anteriores, afirmou estar buscando recursos através de empréstimos junto ao BNDES para quitar a dívida. “Porém não existe nenhum compromisso e a gente só vê o tempo passar”, criticou o grupo. Alguns deles seguem trabalhando nas UPAs e CAPS de Canoas, que seguem sob gestão do Ibsaúde, que agora, voltou a assumir as escalas com o afastamento da Medlife, passando a ser responsável direta pelo pagamento dos honorários médicos.
A diretora Alessandra Felicetti reiterou que o Sindicato está ao lado dos médicos e busca incessantemente a solução do problema, inclusive se reunindo, ainda esta semana, com representantes da atual gestora. O objetivo é discutir alternativas que possam resolver a situação de forma definitiva.
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