Canoas: Simers encaminha ao Ministério da Saúde e à demais órgãos a recomendação para a retirada de gestão plena da saúde do município
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Canoas: Simers encaminha ao Ministério da Saúde e à demais órgãos a recomendação para a retirada de gestão plena da saúde do município

O vice-presidente do Simers, Marcelo Matias, encaminhou ao presidente da Comissão de Saúde do Legislativo municipal, vereador Gilson Oliveira, a recomendação para a imediata desabilitação do município da condição de gestor pleno dos recursos do SUS.

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24/05/2022 10:17


O vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, encaminhou ao presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Canoas, o vereador Gilson Oliveira, a recomendação para a imediata desabilitação do município da condição de gestor pleno dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento foi entregue nesta segunda-feira, 23, durante vistoria à emergência pediátrica do Hospital Universitário (HU), fechada desde a madrugada de domingo devido à falta de profissionais e de insumos básicos, como antitérmicos e papel higiênico.


O mesmo documento chegou às mãos do superintendente do Ministério da Saúde no RS, Renato Airton Altmann, também nesta segunda-feira, repassado pela diretora do Simers, Luciana Mesko. De acordo com Marcelo Matias, o objetivo é encaminhar a mesma recomendação ao Ministério Público e ao Governo do Estado, uma vez que o responsável direto, tanto pela gestão como pela manutenção dos serviços, é a prefeitura de Canoas.


“Já iniciamos um processo para a imediata adoção de providências que viabilizem a retirada da gestão plena da Saúde do município, pois Canoas perdeu as condições mínimas de garantir uma assistência com segurança e qualidade à população”, afirma o vice-presidente do Simers. De acordo com Matias, a medida seria repassar a administração da saúde ao governo do Estado, o qual faria a gestão dos recursos oriundos do SUS, enquanto o poder municipal reorganizaria as finanças e cumpriria com os pagamentos devidos aos profissionais de saúde.

 

O mesmo já ocorreu com o Hospital de Pronto-Socorro de Canoas, em meio à troca da gestão responsável pelos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs), ocorrida no final de janeiro. Para o vice-presidente do Simers, esse é o momento de unir forças, em nome da população. “Do do jeito que a Saúde de Canoas está, não pode mais ficar. É inaceitável que um hospital terciário como o HU não tenha paracetamol, antibióticos ou soro de meio litro. Temos que chamar a atenção para o que está acontecendo”, ressalta.

Vistoria no HU


A vistoria realizada pelo Simers ao Hospital Universitário teve como objetivo conferir a situação não apenas da Emergência Pediátrica. A ação buscou ver de perto a realidade em diferentes unidades da instituição e que também vêm sofrendo com a precarização e a falta de repasses do município. No encontro, o vice-presidente, Marcelo Matias, acompanhado do presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Canoas, Gilson Oliveira, conversou com os médicos e profissionais da área no Centro Obstétrico e Internação, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Pediátrica e Neonatal. Além da visita, acontecia no local uma vistoria do Conselho Regional de Medicina (Cremers) referente às condições de trabalho.


“Infelizmente, verificamos uma realidade com carências básicas de medicamentos, insumos e até papel para a impressão das prescrições, o que é uma exigência legal dentro dos hospitais. Portanto, já está na hora de tirar a gestão dos hospitais da prefeitura pela manutenção dos serviços à comunidade não só de Canoas, mas de municípios de todo o Estado e que dependem do hospital”, destaca Matias.

 
O vice-presidente do Simers ressalta, ainda, “Estivemos reunidos com a direção técnica do HU, que se comprometeu em passar uma lista dos itens em falta e que já foram adquiridos, para podermos tranquilizar os médicos sobre o que está sendo feito para reverter o grave quadro”.


No último dia 19, o Simers também esteve na Emergência Pediátrica do HU, quando constatou a dificuldade dos médicos em atender devido à grande demanda, escalas incompletas de profissionais e sem materiais suficientes.

 

Tags: Medicina Médicos Canoas Hospital Universitário HU Canoas

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