Consultórios médicos: Vigilância Sanitária promete orientação aos fiscais para não cobrarem o que não estiver na Lei

Em reunião com a direção do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), realizada no final da tarde da segunda-feira, 13, o diretor da Vigilância Sanitária de Porto Alegre, Fernando Ritter, foi direto: “Estamos mudando algumas coisas aqui na Vigilância Sanitária. Vou me reunir com os técnicos e orientá-los que ao fiscalizar os consultórios médicos, se atenham somente à legislação. O que não estiver na Lei, não será exigido”.

No encontro, realizado na sede da Vigilância Sanitária da Capital, o vice-presidente da entidade médica, Marcos Rovinski, destacou que os médicos que atendem em consultórios têm relatado ao Simers que estão tendo dificuldades para manter seus locais de atendimento, tal é o número de exigências dos fiscais. “Está ficando inviável manter consultórios”, garantiu.

A diretora do Sindicato, Márcia Barbosa, que também esteve na reunião, observou que para se adaptarem ao exigido, há a necessidade de altos investimentos e de forma contínua. “A cada visita dos fiscais são exigidas novas coisas. Como vão trocando, o que está satisfatório para um, não está para outro. Está ficando impossível manter os consultórios”, foi enfática. 

O Simers está preparando um documento enumerando as exigências dos fiscais e o encaminhará ao diretor da Vigilância Sanitária. Também, iniciará estudos para modificar leis que forem possíveis de modificação em nível federal, estadual ou municipal e que forem consideradas excessivas. Fernando Ritter reiterou, ao final do encontro, que se reunirá com os fiscais e pedirá para que sigam somente o que estiver previsto na legislação vigente. “Se não estiver na Lei, os fiscais serão orientados a não exigirem”, garantiu.

Também participou da reunião a Assessoria Política do Simers.