Controle do tabaco pode economizar milhões na saúde pública e salvar vidas
A Luta

Controle do tabaco pode economizar milhões na saúde pública e salvar vidas

O tabagismo ainda segue como um dos grandes problemas de saúde enfrentados no Brasil. Conforme estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima-se que, anualmente, cerca de 200 mil brasileiros morrem de maneira precoce por conta de doenças causadas...

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23/02/2017 14:00

Foto: Pixbay O tabagismo ainda segue como um dos grandes problemas de saúde enfrentados no Brasil. Conforme estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima-se que, anualmente, cerca de 200 mil brasileiros morrem de maneira precoce por conta de doenças causadas pelo cigarro. Porém, os transtornos ocasionados pelo tabagismo não param por aí. O hábito de fumar constantemente é responsável pela geração de um grande impacto na saúde pública. De acordo com o último estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, o cigarro provoca um prejuízo anual para o sistema público de saúde, de pelo menos, R$ 338 milhões, o equivalente a 7,7% do custo de todas as internações e quimioterapias no país. O INCA ainda desenvolveu uma pesquisa relacionada aos pacientes que desenvolveram câncer. Os dados mostram que de cada 100 pacientes, trinta são fumantes. No caso de câncer de pulmão, esse número aumenta para 90% do total. Pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam cerca de 4.720 sustâncias presentes na fumaça dos derivados do tabaco, prejudicando não apenas o fumante, mas também as pessoas que estão perto, chamadas de fumantes passivos. O pneumologista, que faz parte da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Luiz Carlos Corrêa da Silva, salienta que apesar dos índices ainda gerarem preocupação, o Brasil tem obtido sucesso na luta contra o cigarro. “A situação ainda é preocupante, mas avançamos em alguns pontos devido às políticas públicas que foram feitas. O país ainda é o maior exportador de tabaco, entretanto, esse número encolheu. O mesmo ocorre com o número de fumantes. Nos anos oitenta, por exemplo, eram entre 35 a 40% de adultos fumantes, hoje são aproximadamente 11%”, afirma Corrêa.  De acordo com números divulgados pela OMS, em 2015, o Brasil totalizou 24,6 milhões de fumantes em 2013. Dentro do cenário nacional, o Ministério da Saúde coloca Porto Alegre no topo do ranking em número de fumantes. A Capital gaúcha tem cerca de 16,5% da população que consome cigarro. Corrêa não vê surpresa nesses números e acredita em três principais fatores para essa situação. “O principal motivo, é que o Rio Grande do Sul, atualmente, é o maior produtor de tabaco do país, responsável por 60% da produção. Depois podemos colocar o clima mais frio e a grande colonização europeia no Estado, um povo que sempre fumou bastante”, explica. O pneumologista deixa um recado para quem está lutando para deixar o cigarro. “Sempre digo que parar de fumar é uma decisão de vida. Pode parecer difícil, mas depois a pessoa vai ficar muito triste de não ter parado há mais tempo. Ninguém se arrepende de parar de fumar”, diz Corrêa.
Tags: tabagismo

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