Crise no hospital de Osório: gestão indefinida e corpo clínico sem remuneração

Há tempos, o Simers alerta para a grave crise que enfrenta o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório. A intervenção, efetuada pela Prefeitura, foi o que restou para evitar o fechamento da instituição. Com remunerações em atraso há três meses, os médicos permanecem atendendo. Com o intuito de buscar apoio, o Simers se reuniu com o deputado estadual, ex-secretário da Saúde e ex-prefeito da cidade de Osório, Ciro Simoni. Na conversa, o Simers alertou para a grave situação que vivem os médicos e manifestou preocupação com os rumos que o hospital pode tomar após a intervenção. O ponto mais crítico está na eventual escolha de um novo gestor – que assumirá uma instituição com dívidas. “Temos várias empresas que atuam nas gestões de unidades de saúde, mas que hoje respondem judicialmente por não fazerem uma administração competente”, ressaltou a diretora do Simers Gisele Lobato. Nos encontros com a atual direção, nenhuma proposta foi concretizada para garantir a atuação dos profissionais do São Vicente de Paulo. Em março, o Simers se reuniu com a gestão do hospital e representantes do Ministério Público para encontrar caminhos para superar a crise. Infelizmente, até o momento, nenhuma solução foi encontrada. A dívida continua sem pagamento e os médicos, sem remuneração. Na tentativa de encontrar soluções, o Simers cobrará mais uma vez do prefeito Eduardo Abrahão (PDT) um planejamento para recuperar e evitar o fechamento do único hospital de Osório, referência na região.