Data-base dos médicos está vencida desde o mês de julho
O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) alega que a crise dificulta a reposição salarial para as categorias da área de saúde. Porém, esquece que os trabalhadores também sofrem diariamente com os efeitos da inflação.
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07/11/2016 20:35
O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) alega que a crise dificulta a reposição salarial para as categorias da área de saúde. Porém, esquece que os trabalhadores também sofrem diariamente com os efeitos da inflação.
Com a data-base vencida desde julho e uma proposta de reposição salarial vergonhosa feita pela patronal, os médicos se veem no limite. Diariamente, eles e os demais profissionais da saúde enfrentam a estrutura precária dos hospitais para oferecer à população um atendimento adequado.
Mesmo com todo o esforço para que os serviços funcionem, os médicos não recebem valorização alguma por parte do Sindihospa. A proposta de correção oferecida é de 5% (parcelada), frente a uma inflação que chega aos 9,5%. Além disso, já foi negada a garantia de aplicação integral do INPC para revisão de 2017.
Nesse cenário, a única perspectiva é de perda real e progressiva no salário. Para se ter uma ideia, só entre julho e setembro, a categoria já sofreu um prejuízo de 1,03%. Isso sem considerar outubro, que ainda não teve seu INPC divulgado. Ou seja, a proposta é de 5%, mas o valor recebido já é menor.
Faça parte dessa luta
A dificuldade em negociar chegou ao ponto de que a paralisação se tornou a única alternativa para os trabalhadores mostrarem sua força e descontentamento com a postura adotada pelo sindicato patronal. Não bastasse isso, o presidente do SIMERS lembra que, em alguns hospitais, os funcionários são fortemente pressionados a não participar dos movimentos. É uma afronta aos direitos trabalhistas.
“O SIMERS orienta para que enfrentem a pressão dos empregadores, e que participem. Quanto mais unidos nós estivermos, maiores serão as chances de não sofrermos nenhuma repressão”, estimula o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Paulo de Argollo Mendes. Faça parte dessa luta você também.
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