Descaso do GAMP compromete atendimento de pacientes de mais de 130 municípios
O descaso do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) com a gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) está comprometendo a assistência da população da cidade e de mais de 130 municípios que...
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13/04/2017 15:14
O descaso do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) com a gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) está comprometendo a assistência da população da cidade e de mais de 130 municípios que têm a instituição como referência. Faltam medicamentos básicos, antibióticos e analgésicos, colocando em risco a vida dos pacientes. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) cobra restrição do atendimento com o objetivo de assegurar as condições mínimas de atendimento.
Na manhã desta quinta-feira (13), representantes do corpo clínico reuniram-se com a diretora do SIMERS, Clarissa Bassin, reiteraram o agravamento da situação, preocupados com a falta de insumos que prejudica gravemente a evolução dos doentes que estão em atendimento. Na semana passada, em reunião, funcionários do Gamp garantiram que os medicamentos seriam entregues. Apesar disso, não houve abastecimento. A medicação clindamicina, por exemplo, é uma das que está em falta. Durante a reunião, os profissionais foram informados de que havia apenas cinco unidades. Em nova promessa, o Gamp assegurou que os itens seriam enviados para o HPSC ainda hoje (13) e no máximo até a sexta-feira (14).
Clarissa advertiu o Gamp sobre as falhas de gestão da empresa, deixando a responsabilidade para os médicos e, para agravar, podendo ocasionar em óbitos de pacientes. “O corpo clínico não pode ser responsabilizado pela incompetência administrativa do Gamp, assim como os doentes também não podem pagar com suas vidas e saúde”, afirma.
Em pouco mais de quatro meses, desde que assumiu a gestão do HPSC (bem como do Hospital Universitário, CAPS e UPAS Rio Branco e Caçapava), o Gamp tem desmantelado o serviço na instituição. Outros problemas incluem atraso nos salários e até mesmo falta de informação no contracheque sobre o recolhimento do FGTS e do INSS e informe de rendimentos. Em março, o SIMERS ajuizou Reclamatória Trabalhista contra o gestor e o governo de Canoas. O Conselho Regional de Medicina já foi informado sobre a situação.
Atendimento restrito
De acordo com o diretor técnico da unidade, Marcelo Raffo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já foi informado sobre o pedido de restrição dos atendimentos. A contenção da demanda tem o objetivo de proteger a população. Faltam até mesmo talas para uso da área de traumatologia.
Ainda nesta quinta-feira, o SIMERS se reunirá com o Ministério Público de Canoas e levará os problemas ao conhecimento do órgão. Também fará o pedido para ajuizar ação que restrinja os atendimentos de forma judicial devido à falta de condições técnicas. “É uma questão de responsabilidade com os pacientes”, pondera Clarissa.
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