Infográfico mostra o que os gaúchos querem para a saúde do RS
A Luta

Infográfico mostra o que os gaúchos querem para a saúde do RS

A campanha inédita Desejos para a Saúde, promovida pelo Sindicato Médico do RS (SIMERS) entre julho e agosto, ouviu a população gaúcha, e deixou claro: o Estado precisa aumentar o número de leitos em unidades de saúde pública, melhorar a...

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22/09/2016 13:59

A campanha inédita Desejos para a Saúde, promovida pelo Sindicato Médico do RS (SIMERS) entre julho e agosto, ouviu a população gaúcha, e deixou claro: o Estado precisa aumentar o número de leitos em unidades de saúde pública, melhorar a segurança e a infraestrutura nestes locais. Foram mais de 145 mil votos que escolheram estas como as três prioridades para a saúde no Rio Grande do Sul. Os 497 municípios gaúchos participaram elencando as principais mudanças que precisam acontecer nas suas regiões. O que a população gaúcha deseja para a saúde? Clique no infográfico e confira os resultados da sua região:
As escolhas dos gaúchos se baseiam no contexto econômico do Brasil e do Estado, que tem gerado efeitos devastadores na saúde pública. Quando a população mais precisa do Sistema Único de Saúde (SUS), leitos e hospitais são fechados e agravam o problema. O SIMERS verificou a redução de 569 leitos em apenas 12 meses (entre julho de 2015 e julho de 2016) – eram 24.231 leitos e agora 23.662 –, no Rio Grande do Sul. Também identificou no Estado diversos exemplos de instituições que encerraram, estão prestes a suspender ou estão com restrições em seus serviços. Entre eles, estão o Hospital de Passo do Sobrado; Hospital Livramento de Guaíba; maternidade do Hospital São José de Ivoti; Hospital Universitário Doutor Mário Araújo da Urcamp de Bagé; UTI neonatal da Santa Casa de Caridade de Alegrete e Hospital Santa Bárbara, de Encruzilhada do Sul. Existem ainda 11 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Rio Grande do Sul com obras concluídas, mas que não estão em funcionamento. Juntas, as unidades teriam capacidade de atender mais de 2 mil pacientes por dia. O descompasso fica ainda mais nítido ao observar-se o montante dispensado aos juros, encargos e amortização da dívida do Estado em 2016, que representam 6,5%, ou seja, mais de R$ 4 bilhões do orçamento estadual deste ano. O valor é superior ao do orçamento da Secretaria Estadual da Saúde no mesmo período. De 2014 a 2016, os valores destinados à dívida só aumentaram, à proporção que os números do orçamento da saúde do RS só diminuíram. Em 2014 eram 7,3%, passando para 6,6% em 2015 e chegando a 6,4% este ano. As despesas totais de saúde do Estado por habitante tiveram variação irrisória de apenas 0,82% entre 2014 e 2015, enquanto a inflação fechou 2014 em 6,41%. Isto significa que todos os gastos aumentaram, mas as verbas da área não acompanharam este crescimento e, pior, foram reduzidas. Enquanto isso, a queda no repasse de recursos aos hospitais filantrópicos por parte do governo do Estado já soma R$ 144 milhões somente referente ao ano 2016. Este contexto tem arruinado o setor. A rede hospitalar sem fins lucrativos do Estado, constituída por 245 hospitais, é responsável por mais de 73% de toda a assistência prestada ao SUS. Para agravar ainda mais esta situação, 18 mil trabalhadores que atendem nestas instituições estão recebendo salários atrasados; cinco mil trabalhadores saíram em férias e não receberam conforme a legislação; seis mil trabalhadores foram demitidos; mais de 4 milhões de procedimentos deixaram de ser realizados e 60% das instituições têm dívidas com os médicos. O endividamento total dos hospitais já ultrapassa R$ 1,4 bilhão.   SIMERS leva demandas para candidatos à prefeitura Considerando este cenário estarrecedor e para cobrar das autoridades soluções para estes problemas, o SIMERS realizou encontros com os candidatos às prefeituras de Porto Alegre, Pelotas e Santa Maria nos dias 05, 08 e 09 de setembro, respectivamente. O resultado da campanha, um dossiê sobre a saúde de todo o Estado elaborado pelo Sindicato, contendo a votação e um diagnóstico completo sobre os problemas da saúde que afetam a população, foi entregue a cada um dos participantes, que puderam propor ações para a saúde de cada cidade. As demais cidades também terão acesso à votação e as prioridades eleitas pela sua população no site www.desejosparasaude.com.br. O SIMERS segue vigilante e reivindicando, junto aos gestores, as prioridades eleitas por todos os municípios do Rio Grande do Sul.   A campanha Desejos para a Saúde A campanha Desejos para Saúde foi lançada em 21 de julho de 2016 pelo SIMERS. Todas as cidades gaúchas participaram, votando pelo www.desejosparasaude.com.br, nos principais pontos que precisam de atenção urgente das autoridades. A população pode escolher três desejos entre os 16 problemas mais comuns na saúde do Estado, bem como deixar seu depoimento ou sugestão em um campo aberto.
Tags: Termômetro da saúde Valorização dos profissionais Melhor infraestrutura Leitos na saúde pública Desejos para a saúde

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