Em assembleia permanente, médicos de Alvorada expõem descaso com saúde

Os médicos municipários de Alvorada seguem em assembleia permanente, na luta por melhorias nas condições de trabalho e, consequentemente, no atendimento à população. Com salários defasados, eles ainda enfrentam problemas estruturais, falta de materiais básicos e condições insalubres nos postos da cidade. Em reunião no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, na última quarta-feira (11), o diretor Jorge Eltz relatou reunião com o Ministério Público Federal sobre a questão. “Foi explicitada a precarização da função médica, pedida valorização da profissão e o fim das terceirizações. O MP mostrou sensibilidade”, disse aos médicos.

Condições insalubres

Cerca de uma dezena de médicos presentes relatou que já faltam receituários, citou aparelhos que estragam e nunca são consertados, e que é frequente os postos de Alvorada não contarem com itens como luvas ou papel higiênico. “Levei lençóis descartáveis do meu consultório particular, para que as pacientes não precisem deitar diretamente sobre a maca durante os exames”, contou uma ginecologista. Como o SIMERS já havia flagrado em visitas às unidades da cidade, a desinsetização e desratização não estão em dia e, especialmente no PAM 8, há proliferação de animais. Os profissionais também informaram sobre boatos de transferência para a UPA, cuja obra foi finalizada em 2014. Porém, o Sindicato verificou que o prédio segue vazio, com mato tomando conta ao redor. O SIMERS seguirá buscando junto à prefeitura de Alvorada garantias para o trabalho com dignidade, além de um plano de carreira para os profissionais. Os médicos têm nova reunião na sede da entidade agendada para 25 de maio, às 19h.