Há anos que o Simers alerta para a falta de médicos na Central de Regulação do Samu Estadual. E uma das consequências é a sobrecarga de trabalho que recai sobre aqueles que atuam no Serviço. Por isso, a direção do...
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31/01/2018 11:01
Há anos que o Simers alerta para a falta de médicos na Central de Regulação do Samu Estadual. E uma das consequências é a sobrecarga de trabalho que recai sobre aqueles que atuam no Serviço. Por isso, a direção do Simers participou recentemente de mais uma rodada de negociações com o Estado sobre os problemas do Samu. Em pauta, a falta de pessoal e também a divulgação tardia das escolas de plantão – que atrapalha a organização individual dos médicos.
O encontro contou com a participação da diretora do Simers Clarissa Bassin, bem como do coordenador estadual de Urgências e Emergências do Rio Grande do Sul, Roberto Schlindwein; o coordenador da assessoria jurídica da Secretaria Estadual da Saúde, Bruno Naundorf; e o coordenador de RH, Marco Weber.
Atualmente, a equipe do Samu é composta por 29 médicos, pouco para atender uma população estimada entre 7,1 milhões a 8 milhões de habitantes. O número também coloca em xeque a afirmação de que o Samu estadual é “o maior da América Latina”, conforme as palavras de Schlindwein.
Para Clarissa Bassin, do Simers, há um número excessivo de pedidos de exonerações na Central de Regulação do Samu RS. “E não podemos afirmar que isso ocorre somente por causa do parcelamento de salários praticado pelo governo do Estado”, aponta. Em outros serviços estaduais, destaca ela, os servidores não estão pedindo exoneração – embora estejam submetidos aos mesmos parcelamentos. “Na Central de Transplantes, por exemplo, não houve um pedido sequer de afastamento, diferente do que ocorre no Samu”, destaca Clarissa.
A Secretaria alega que as exonerações seriam reflexo do perfil dos médicos aprovados no último concurso: a maioria seria de recém-formados que não têm a intenção de desenvolver uma carreira no serviço público. Para o Simers, a tese é simplesmente absurda. O que todo médico busca é uma condição digna de trabalho, com salários compatíveis às obrigações e transparência por parte do empregador/gestor.
“Queremos que a administração dialogue com os servidores. O Samu já teve diversas coordenações e, mesmo assim, os problemas continuam. Também a ausência de uma regulamentação específica para a atividade de médico regulador, cujas especificidades são várias, acaba reduzindo a motivação dos médicos para permanecer na função”, esclarece Clarissa.
Para o Simers, alguns fatores são fundamentais para que a Central de Regulação do Samu Estadual possa atender os chamados de urgência com mais eficiência. Entre eles, estão a definição de um tempo de mesa de regulação, a delimitação das áreas a serem reguladas conforme o número disponível de reguladores e a existência de protocolos técnicos previamente aprovados.
Atento, o Simers passará aos médicos reguladores o que foi discutido na reunião e, em breve, chamará uma nova assembleia sobre o assunto.
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