Em Porto Alegre hospital vira estacionamento rotativo
Em tempos de crise na saúde e superlotação dos hospitais, o Petrópolis, localizado na avenida Cel Lucas de Oliveira, deixou de receber pacientes. No seu pátio, antes ocupado diariamente por ambulâncias, atualmente funciona um estacionamento rotativo.
Compartilhe
08/09/2016 14:15
Em tempos de crise na saúde e superlotação dos hospitais, o Petrópolis, localizado na avenida Cel Lucas de Oliveira, deixou de receber pacientes. No seu pátio, antes ocupado diariamente por ambulâncias, atualmente funciona um estacionamento rotativo.
Em 2013, a instituição foi manchete em todos os jornais da Capital gaúcha. No mesmo ano o hospital foi interditado por realizar cirurgias estéticas clandestinamente. A instituição teve a licença de operação suspensa em junho para operar como hospital, mesmo assim autoridades na época flagraram cirurgias clandestinas sendo realizadas no local.
Após as denúncias, a Vigilância de Saúde e o Ministério Público foram até o hospital e encontraram diversas irregularidades. O caso é de conhecimento do Ministério Público e gerou ação comum entre Vigilância e a Promotoria dos Direitos Humanos. No hospital faltavam documentos, corpo clínico, responsável técnico junto ao CREMERS [Conselho Regional de Medicina] e uma série de outras exigências.
A Polícia Federal realizou na época uma ação de combate a fraudes contra a Previdência Social e à Execução Fiscal. Os agentes recolheram documentos, prontuários de pacientes e cheques no Hospital Petrópolis em uma clínica em Porto Alegre, além de duas casas, na Capital e em Imbé. As investigações começaram em 2010 a partir de informações de que o hospital implantava nos pacientes um tipo de lente intraocular de menor custo, mas informava à Previdência Social a utilização de um produto de maior valor.
Segundo a Polícia Federal, o hospital está sendo executado atualmente por dívida com a Fazenda Nacional que supera R$ 20 milhões. Também foram identificados diversos saques de recursos do hospital que ultrapassam meio milhão de reais.
Segundo a Polícia Federal, os saques da conta da instituição foram feitos pela administração do Hospital Petrópolis, o que configuraria fraude à execução fiscal.
O dono do hospital, Carlos Eugenio Del Arroyo e a esposa, foram indiciados pela Polícia Federal por estelionato. Também são acusados de fraude, execução fiscal e lavagem de dinheiro. A instituição foi descredencializada do SUS em 2010.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.