Empatia e confiança são fundamentais para uma boa relação entre paciente e pediatra
A Luta

Empatia e confiança são fundamentais para uma boa relação entre paciente e pediatra

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26/07/2016 20:37

Dra Simone com a paciente Cecília - arquivo pessoal
Dra Simone com a paciente Cecília - arquivo pessoal
Débie e Simone se conheceram no momento mais importante da vida de Cecília que estava para nascer, a hora do parto. Durante a gestação, a arte finalista Débie Mottin, moradora da Serra gaúcha, descobriu que sua filha nasceria com hérnia diafragmática congênita. Isso ocorre quando o diafragma não fecha e os órgãos do abdômen sobem para o tórax. O índice de mortalidade dessa doença é de 75%. Como na região não havia um hospital que atendesse a essa necessidade, Débie foi indicada a procurar atendimento em Porto Alegre, mas chegou à cidade sem indicação de médicos. “Conheci a pediatra Simone Goulart Franco de Vasconcelos na sala de parto quando ela entrou se apresentando ‘sou a doutora Simone e vou cuidar da Cecília’. Ali nasceu uma confiança inexplicável.” Cecília ficou hospitalizada por 76 dias. “As enfermeiras ligavam para Simone e em cinco minutos ela estava no hospital. Nunca mediu esforços pela Cecília”, lembra Débie. “A primeira vez que precisei ligar para a nossa pediatra eram 3 horas da manhã e estávamos em Garibaldi. Ela já atendeu o telefone dizendo o que aconteceu com a maravilhosa? Em outro momento ela me atendeu às 9 horas da noite em plena sexta-feira, no consultório. Quando receberíamos essa assistência, com tanto carinho?”, elogia. Em Garibaldi, cidade onde mora, Débie relata que amigos próximos não acreditavam nesse atendimento tão dedicado. “Ouvi várias vezes que a médica ia me atender com tanta atenção só no começo, porque Cecília era recém-nascida, mas não, ela continua atenciosa conosco até hoje”, salienta. Cecília está com 5 anos. A especialidade escolhida por Simone já esteve em baixa por alguns anos, mas no dia 27 de julho, quando se celebra o Dia do Pediatra, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) tem muito a comemorar. Conseguiram mostrar aos estudantes de medicina a importância dessa especialidade tanto para as crianças quanto para os seus familiares. “No Hospital da Criança Santo Antônio há 12 vagas de residência pediátrica. Esse ano foram 200 candidatos, nos outros anos chegou a ter menos candidato do que vaga”, destaca a presidente da SPRS, Cristina Targa Ferreira. “Conseguimos resgatar a importância do médico pediatra e com isso a procura aumentou. Essa especialidade é fundamental porque cuida da criança e do adolescente. Estudos confirmam que os primeiros mil dias da criança são fundamentais na formação do indivíduo. Nesse período que são diagnosticadas doenças crônicas não transmissíveis que são a maior causa de mortalidade no adulto. Doenças como a obesidade, cardiovascular, diabetes, colesterol aumentado podem ser prevenidas e evitadas desde a infância e principalmente nesses mil dias da criança. Cuidando disso, dando atenção aos mil dias de vida da criança faremos adultos mais saudáveis e que contribuirão mais para a sociedade porque serão adultos menos doentes por serem bem tratados desde a infância”, explica Cristina. A presidente da SPRS dá dicas para encontrar um pediatra como Débie achou Simone. “É fundamental acontecer a empatia tanto por parte do médico com a família como vice-versa. Além disso, é importante a paciente verificar se o médico tem horários disponíveis na sua agenda, se é atencioso, mas acima de tudo, tem que sentir confiança no pediatra,” conclui Cristina.
Tags: médica pediatra

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