Falta de médicos na Central Estadual do Samu prejudica atendimento à população

Em Assembleia Geral Extraordinária no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, os médicos da Central Estadual de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, denunciaram na terça-feira (3) descumprimento da Secretaria da Saúde com a portaria nº 1010/2012, implicando num número menor de profissionais exigido por lei para realizar o trabalho de enviar socorro de emergência. Além disso, os médicos reguladores se sentem desassistidos pelas chefias para desempenhar suas funções. O pequeno número de profissionais médicos na Central Estadual do Samu acaba prejudicando o atendimento. Hoje, chegam a ficar apenas três reguladores, tendo que correr para dar conta de centenas de atendimentos que são feitos diariamente. Esse número deveria ser de onze médicos durante o dia. Além disso, os médicos afirmaram que há desassistência por parte dos diretores, que elaboram grades de horários inflexíveis, prejudicando a agenda dos profissionais em outros vínculos empregatícios. Também ocasionado pela falta de médicos, outro fato preocupante é a transferência de profissionais do serviço aeromédico para a Central de Regulação de ambulâncias, deixando o hangar do socorro aéreo praticamente vazio, e causando prejuízo à população. Segundo os reguladores, essa situação ocorre sistematicamente. Após a assembleia, ficou decidido que o SIMERS irá levar as denúncias, em documento protocolado, para a Secretaria Estadual da Saúde. Caso as reivindicações por mais profissionais na Regulação do Samu e a elaboração de uma mesa de negociação com representantes indicados pelos reguladores não sejam acatadas em uma semana, os atendimentos serão reduzidos pelo período de 48 horas.