Falta de médicos no SAMU-SALVAR sobrecarrega profissionais do Hospital Alvorada
A Luta

Falta de médicos no SAMU-SALVAR sobrecarrega profissionais do Hospital Alvorada

Após denúncia de falta de médicos no SAMU-SALVAR, de Alvorada, representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) visitaram o local na tarde de quinta-feira, dia 18, para verificar qual é a situação atual do serviço. Estive presente...

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23/08/2016 16:28

Após denúncia de falta de médicos no SAMU-SALVAR, de Alvorada, representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) visitaram o local na tarde de quinta-feira, dia 18, para verificar qual é a situação atual do serviço. Estive presente o diretor André Gonzales. Durante a visita, foi possível confirmar as informações da denúncia. “Constatamos uma equipe diminuta e com vários problemas de escala. O principal deles é a absurda falta de médicos. Mesmo que, supostamente, tenha uma, e os outros dias?”, questiona Gonzales. A ausência de profissionais da medicina também não permite que o potencial das ambulâncias seja utilizado por completo. Para ter uma Unidade Móvel de Suporte Avançado, conhecida como UTI móvel, por exemplo, não basta que o veículo conte com especificações técnicas e equipamentos. É preciso ainda a presença de um médico (além de enfermeiro e condutor socorrista).
Falta de médicos no SAMU sobrecarrega Hospital Alvorada. Foto: Daniela Menegazzo/SIMERS
Falta de médicos no SAMU sobrecarrega Hospital de Alvorada. Foto: Divulgação/SIMERS
Sobrecarga no Hospital Alvorada Mas os problemas não param por aí. Com a falta de médicos, as dificuldades avançam para os profissionais do Hospital Alvorada. Conforme explica Soraya Malafaia Colares, diretora técnica da instituição, o hospital tem portas abertas para o SAMU e o plantonista faz todo o trabalho para estabilizar o paciente que chega, mesmo que não exista um especialista na área necessária. Quando a situação é mais grave e o paciente precisa ser transferido para uma unidade de saúde de outro município, porém, o único cirurgião disponível precisa abandonar tudo e acompanhar o trajeto, que nem sempre é tranquilo. Relatos dão conta de situações em que a porta da unidade móvel já abriu em movimento, falta de ar condicionado para fazer o transporte nos dias mais frios e até mesmo de luz interna. “É uma cidade muito peculiar, porque tem 220 mil habitantes e não conta com um pronto atendimento 24 horas, só a gente. Atendemos 110 mil pessoas por ano e 80% disso é verde e azul. Ou seja, seria rede básica. Por isso, a gente faz a triagem ali... Azul seis horas, verde tantas horas e o resto não espera, é atendido. Mas se passa disso porque você tirou um médico para levar paciente adiante, já tem uma insatisfação geral, já que eles não têm outra porta para bater”, detalha a Soraya. No fim de contas, o que deveria ser um suporte e tornar o atendimento mais eficiente, acaba não dando toda a ajuda que seria possível. Além disso, a falta de uma equipe completa permite que o governo estadual diminua o repasse da verba disponibilizada para manter o serviço em funcionamento. “A gente acha que é uma pena que o município de Alvorada deixe de prestar esse serviço, deixe de receber esse dinheiro, que poderia ser usado em benefício da saúde pública dos moradores”, opina o diretor do SIMERS. Secretário de saúde admite o problema Após a vistoria do dia 18, o SIMERS se reuniu com Paulo Manenti, secretário de saúde de Alvorada, para discutir os problemas do SAMU no município e analisar a situação das unidades de saúde como um todo. “É lógico que isso nos preocupa muito mesmo, de a gente não ter o suporte que deveríamos ter em relação ao SAMU”, expõe Manenti. Ele destaca, porém, que o período eleitoral dificulta a resolução do problema. Por enquanto, a saída proposta é realizar contratações emergenciais, que possam estabilizar o serviço até o lançamento de novo concurso (o último aconteceu em 2014). O secretário acrescenta ainda que até o mês de dezembro deve ocorrer a finalização das obras que estão acontecendo nos postos de saúde da cidade. Com isso, a expectativa é desafogar o atendimento no Hospital Alvorada, embora nenhuma das unidades funcione 24 horas por dia. Você pode ajudar a mudar essa situação Com o objetivo de melhorar a saúde do Rio Grande do Sul, o SIMERS está mapeando as principais necessidades no Estado. Acesse www.desejosparasaude.com.br e informe o que você deseja de melhorias para a saúde na sua cidade. Os resultados dessa votação serão levados diretamente aos candidatos a prefeito, vereador e aos atuais gestores dos municípios gaúchos, cobrando um plano de ação efetivo para a solução dos problemas apontados. Contamos com você. Participe!
Tags: SAMU Alvorada Falta de médicos Hospital de Alvorada

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