Médicos de Canoas não recebem salários e convivem com a falta de segurança e equipamentos básicos para o trabalho
O problema da falta de pagamento dos médicos que atendem na rede básica de saúde de Canoas continua. O SIMERS realizou vistoria em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nessa segunda-feira (11) e constatou que os gestores não estão cumprindo com o pagamento das remunerações...
Compartilhe
11/09/2017 17:10
O problema da falta de pagamento dos médicos que atendem na rede básica de saúde de Canoas continua. O SIMERS realizou vistoria em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nessa segunda-feira (11) e constatou que os gestores não estão cumprindo com o pagamento das remunerações mensais.
Nas UPAs Niterói e Guajuviras os médicos receberam apenas 40% dos pagamentos referentes ao mês de julho. Além disso os médicos não têm equipamentos básicos para trabalhar. Eles são obrigados a trazer de casa otoscópio, esfigmomanômetro e estetoscópio para atender os seus pacientes.
“Outro problema grave é na transferência dos pacientes das UPAs para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Os médicos não conseguem realizar a transferência devido a burocracia no procedimento. Dependendo do estado de saúde do paciente, essa demora prejudica muito, podendo levá-lo a óbito”, destacou o diretor do SIMERS André Gonzales. Uma reunião deve ser promovida nos próximos dias entre os gestores das UPAs e dos hospitais de Canoas para estabelecer um protocolo de referência e contra referência para garantia de remoção e acolhimento dos pacientes nas instituições.
O SIMERS comunicou os gestores, o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) e a empresa terceirizada contratada para prestação de serviços nas UPAs, com cópia para o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) sobre a situação, alertando especialmente sobre o risco de desassistência em razão do atraso nos pagamentos.
Falta de segurança
A falta de segurança é outro agravante. Os vigilantes, contratados por empresas terceirizadas, também não estão com as remunerações em dia. Diante da situação, muitos não comparecem ao trabalho, fragilizando a segurança nas unidades.
A insegurança pública também afeta o atendimento nestes estabelecimentos. Na semana passada, bandidos invadiram a UPA Guajuviras em busca de um paciente que procurou atendimento após ser baleado. Na ocasião, a Brigada Militar foi acionada e compareceu ao local.
Gestor sinaliza pagamento nesta terça-feira (12)
O responsável pelas escalas das unidades procurou o SIMERS na manhã desta terça-feira (12) para esclarecer as questões apontadas pela entidade médica. Na ocasião, sinalizou que os pagamentos devem ser quitados até o final do dia. O gestor reconheceu o atraso e se comprometeu a honrar os honorários de forma integral.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.