Pelotas: Sindicato e médicos municipários pressionam Legislativo
Dirigentes do Sindicato Médico do RS (SIMERS) buscaram o Legislativo de Pelotas para mostrar os prejuízos que a atual gestão está provocando à saúde. Em apedido, publicado nos jornais da cidade, a entidade denuncia como 'calamidade' a situação e mostra...
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24/03/2016 12:18
Dirigentes do Sindicato Médico do RS (SIMERS) buscaram o Legislativo de Pelotas para mostrar os prejuízos que a atual gestão está provocando à saúde. Em apedido, publicado nos jornais da cidade, a entidade denuncia como 'calamidade' a situação e mostra que os médicos estatutários estão sendo levados a sair do SUS.
Nessa quarta-feira (23), o presidente da Câmara de Vereadores de Pelotas Ademar Ornel (DEM) recebeu das mãos do diretor do SIMERS Marcos Schenatto uma cópia da notificação já protocolada na prefeitura, contendo as reivindicações dos médicos municipários. O médico pediatra Eduardo Alves Rodrigues. esteve na audiência.
O encontro serviu para pedir o apoio do vereador e da Câmara nas negociações com o prefeito Eduardo Leite. O prazo para resposta do prefeito ao pleito dos médicos expirou no último dia 15, sem qualquer manifestação.
Nos últimos oito meses, 21 médicos pediram exoneração de seus postos de trabalho, restando pouco mais de 90 na rede, devido às péssimas condições de trabalho nos postos e baixa remuneração. “São profissionais dedicados, que cuidam da saúde dos pelotenses há mais de 20 anos, mas que chegaram ao limite da paciência, esperando valorização e melhorias na saúde. Não queremos nenhum privilégio, apenas reconhecimento e a valorização da categoria”, enfatiza Schenatto.
Ornel comprometeu-se a levar a pauta adiante e pediu mais informações, que serão fornecidas pelo SIMERS nos próximos dias. “Queremos construir a solução adequada e vamos requerer a presença do prefeito nessa discussão”, destacou o vereador, que se mostrou preocupado com o que foi exposto e considerou oportuna a publicação do Sindicato. No texto, o SIMERS também se solidariza com os servidores municipais e adverte que ‘os pelotenses estão sofrendo graves prejuízos pela gestão inadequada e temerária da saúde’. Na próxima semana, novas ações serão tomadas pelo Sindicato.
CAUSA DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS
Os médicos municipários de Pelotas querem a imediata implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) na cidade, a normatização da redução da carga horária da categoria para o máximo de 20 horas semanais, mantidas as atuais remunerações, e a inclusão de gratificação de função, baseada no maior percentual pago pelo município.
A categoria tem um dos menores salários do setor no Estado. O SIMERS e os médicos são contrários ao Projeto de Lei do Executivo de contratar médicos plantonistas, com vencimentos muito superiores aos recebidos hoje (quase quatro vezes maiores), pois aumentaria ainda mais o abismo salarial dos estatutários. A proposta do PCCV foi entregue no início da gestão Eduardo Leite, e as negociações foram reiniciadas em meados de 2014. Em todo este período, não houve uma posição ou resposta direta da gestão municipal.
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