A Frente Pró-Saúde RS, movimento institucional integrado pelas três entidades médicas gaúchas: Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), além da Federação RS – Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos (FederaçãoRS), e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), volta a se reunir nesta terça-feira, 21, às 19h30, para avaliar o movimento que tem como objetivo garantir a sustentabilidade financeira do IPE-Saúde, e, nesse contexto, valorização do trabalho médico.
“Analisaremos o que foi feito de mobilização junto aos médicos credenciados ao IPE e da comunidade, sobre a crítica situação do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul. Também discutiremos todos os movimentos junto ao Governo do Estado e planejaremos os próximos passos”, observa o presidente do Simers, Marcos Rovinski.
Na data da reunião, faltarão 10 dias para que o Governo cumpra sua promessa e apresente o projeto de reestruturação do IPE-Saúde. Desde 2011 não há qualquer reajuste nos valores da tabela-IPE para consulta e procedimentos de médicos credenciados. Com isso, o IPE-Saúde é quem pratica a pior remuneração entre os planos de saúde. “Em muitos casos os médicos estão pagando para trabalhar. Têm procedimentos que o profissional recebe o mesmo ou menos do que paga pelo estacionamento no hospital”, observa Rovinski. “Mesmo diante de tantas adversidades, os médicos seguem atendendo pelo plano assegurando as consultas de seus pacientes”, diz.
“Vale ressaltar que os médicos, nas assembleias que estamos realizando pelo Estado, têm sinalizado com a possibilidade de descredenciamento em massa. A desvinculação dos profissionais do sistema de atendimento IPE Saúde é uma medida extrema, mas que pode ser necessária caso o Governo não tome providências para resolver o problema. Sem os médicos, não existe o IPE-Saúde”, é categórico Rovinski. Contudo, ele se mostra otimista quanto à proposta que o Governo apresentará no final do mês. “Acreditamos que o desejo de todos é ver o IPE-Saúde forte, com médicos valorizados, remuneração justa, e uma assistência de qualidade aos usuários”, diz. O Simers segue acompanhando de perto a situação e se compromete a continuar lutando pelos direitos dos médicos e pela valorização da categoria.
Crise no IPE-Saúde
A crise no IPE-Saúde está impactando diretamente mais de sete mil profissionais que prestam serviço à instituição, o que representa cerca de 20% do total de médicos no Estado. O passivo da autarquia, responsável por atender mais de um milhão de pessoas, é de R$ 150 milhões. Para evitar que aumente e encontrar alternativas para o futuro do Instituto, o Governo estadual montou um grupo de trabalho para tratar de questões que envolvem contribuições dos segurados e dependentes, até a necessidade de repactuação dos contratos de prestação de serviços entre médicos e o IPE Saúde. O resultado deste trabalho, de acordo com o chefe da Casa Civil e da secretária do Planejamento e Gestão, será apresentado às entidades no final deste mês.
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