Gamp: SIMERS alerta que a desassistência em saúde já se tornou realidade em Canoas
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Gamp: SIMERS alerta que a desassistência em saúde já se tornou realidade em Canoas

A situação de precariedade nos serviços de saúde ofertados em Canoas preocupa. No sábado (1º), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) visitou o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e hoje (5) esteve reunido com representantes...

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05/04/2017 15:00

A situação de precariedade nos serviços de saúde ofertados em Canoas preocupa. No sábado (1º), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) visitou o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e hoje (5) esteve reunido com representantes da Secretaria Municipal de Saúde para cobrar providências para a falta de gestão do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). “Nós concordamos que não pode haver a descontinuidade dos serviços oferecidos à população. A minha impressão, no entanto, é que a desassistência já começou. No sábado, eu estive no HPS e uma enfermeira teve que sair para comprar Novalgina. Não há nem ao menos clorexidina, item básico para higienizar feridas. Isso é desassistência”, enfatizou a diretora do Sindicato Médico Clarissa Bassin. O secretário adjunto de gestão hospitalar, Rinaldo Costa Simões, alega que a equipe da Secretaria de Saúde está analisando todos os documentos e processos envolvidos, para então definir um posicionamento oficial, que deve ser dado até o final deste mês. Para a diretora do SIMERS, no entanto, a administração municipal já possui elementos suficientes para pedir a suspensão do contrato com o Gamp. “Os médicos tiveram o desconto da contribuição ao INSS em sua folha de pagamento, mas o valor não foi repassado, o que configura crime previdenciário. Os profissionais não possuem nem ao menos contracheque. A lista de problemas é extensa. O Gamp já provou que não tem condições e nem lastro financeiro para dar conta de uma demanda como essa”, ressalta ainda Clarissa. O SIMERS vai encaminhar ofício à Secretaria Estadual de Saúde, alertando que a desassistência já se tornou a realidade na área de saúde em Canoas. Além disso, o documento também deve apontar a incapacidade do HPSC em continuar sendo referência em urgência e emergência para mais de 130 municípios, considerado o desabastecimento de materiais e medicamentos básicos para o funcionamento de um hospital.

Denúncias chegam diariamente

A situação precária da saúde em Canoas parece se agravar a cada dia. Hoje, o SIMERS recebeu o relato de uma médica que denuncia o acúmulo de lixo contaminado no pátio do Hospital Universitário (HU). Os resíduos já lotam os contêineres, pois o recolhimento não ocorre há semanas. Ao lado, as ambulâncias ficam estacionadas.

Incapacidade de administração e dívida

Mas os problemas gerados pela administração desastrosa do Gamp não são exclusividade do município de Canoas. A realidade se repete no Hospital Geral de Parauapebas (HGP), no Pará, administrado pela organização social entre agosto de 2016 até janeiro de 2017. No dia 31 de março, os médicos entregaram o serviço de diálise da unidade. A decisão foi tomada por conta da falta de pagamento e do caos instaurado no atendimento do hospital em consequência da dívida deixada.  
Tags: Canoas Gamp HSPC

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