Golpe em hospitais faz vítimas depositarem dinheiro na tentativa de salvar vidas
Durante o mês de setembro, familiares com parentes em estado grave internados em hospitais foram vítimas de um golpe. Falsários ligam para o celular de um familiar, fingindo ser diretor de onde o paciente está internado. Se aproveitando do estado...
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06/10/2016 14:34
Durante o mês de setembro, familiares com parentes em estado grave internados em hospitais foram vítimas de um golpe. Falsários ligam para o celular de um familiar, fingindo ser diretor de onde o paciente está internado. Se aproveitando do estado emocional fragilizado da pessoa que está do outro lado da linha, é exigido dinheiro para a realização de exames. A alegação é que - se a pessoa não pagar - o paciente corre sério risco de não sobreviver. Porém, tudo não passa de um golpe.
O diretor técnico e clínico do Hospital São Lucas da PUC, doutor Plinio Vicente Medaglia Filho ressalta que os funcionários ao serem contratados assinam um termo de responsabilidade no qual é determinado que eles não podem divulgar qualquer informação sobre o paciente que lá se encontra. “Após esse consentimento o funcionário recebe login e senha para ter acesso aos documentos para contribuir na assistência do paciente. Além disso, quando o médico exige restrição total de acesso ao prontuário, comunicamos a informática e esse prontuário é bloqueado. Só quem está envolvido na assistência direta consegue acessar. Não temos outra forma de controlar esse acesso”, destaca Medaglia.
Sobre a ação dos golpistas, o médico também está assustado com o vazamento das informações internas exclusivas da instituição. “Também nos espantamos com isso. O paciente quando é internado recebe informações sobre o golpe de forma impressa e verbal. Explicamos que o hospital não faz nenhum tipo de cobrança de exames via telefone e depósito, tanto convenio como SUS. Em todos os setores há um cartaz explicando sobre essa questão”, afirma.
Familiares de pacientes vítimas desse tipo de golpe geralmente estão na UTI onde há funcionários exclusivos para atendê-los. “São sempre os mesmos funcionários nos três turnos do dia, mas com a ajuda da tecnologia invariavelmente temos conseguido bloquear o andamento desse golpe”, explica o médico.
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