SIMERS alerta promotoria que dívida passada do HDJB com seus prestadores pode ser obstáculo para futuras contratações

Em reunião na sede do Ministério Público Estadual (MPE) em Gravataí, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) informou de que ainda não há solução para o pagamento das remunerações atrasadas dos médicos do Hospital Dom João Becker (HDJB), referente ao período entre abril a setembro de 2015. No encontro, que ocorreu na tarde da última quarta-feira (1º), a Prefeitura, responsável pelos repasses ao hospital, afirmou que o pagamento é originário do Incentivo de Cofinanciamento de Assistência Hospitalar (IHOSP), que foi cancelado pelo Governo do Estado. Enquanto o Executivo e o hospital não chegarem a um acordo sobre os valores atrasados, os médicos do HDJB não terão previsão de quitação do pagamento. Somado a isso, o HDJB está em vias de assinar nova contratualização com o município, conforme recomendações do MPE, que prevê multas pesadas caso a escala de serviço esteja incompleta e as metas determinadas aos atendimentos não sejam cumpridas. Diante do descrédito do hospital, por conta dos atrasos, a entidade médica reiterou o receio  do Corpo Clínico de que fica inviável a manutenção da escala completa de especialidades, colocando em risco a efetivação do contrato futuro. Entendendo que se trata de direito patrimonial, o MPE afirmou que as partes precisam entrar em um acordo. Entretanto, não irá intervir nesse processo, que já está em curso na 2ª Vara Cível. O SIMERS, preocupado com a pouca chance dos médicos receberem os atrasos em breve, irá convocar reunião com o Corpo Clínico para que o grupo decida o que fará a partir desse panorama.