A falta de insumos, de medicamentos e de suporte para o atendimento, bem como os atrasos nos pagamentos, levou os médicos prestadores de serviço do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Canoas, a definirem pela possível suspensão das consultas ambulatoriais eletivas e das cirurgias agendadas. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) encaminhou ofício ao Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), na noite desta quarta-feira, 2, informando a decisão. O mesmo ofício será enviado à Prefeitura de Canoas e à Promotoria de Justiça.
O coordenador da Região Metropolitana do Simers, Daniel Wolff, explica que, além das remunerações atrasadas, os médicos estão sem materiais básicos para a assistência aos pacientes, de acordo com relatos feitos pelos profissionais em reunião on-line realizada na noite desta terça-feira, 1º. Faltam desde soro fisiológico, luvas, analgésico, anestésicos, até Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) para Traumatologia e Ortopedia.
“Recebemos relatos de que algumas cirurgias eletivas já foram desmarcadas devido à falta de insumos para realizar o procedimento. Infelizmente, não existem condições técnicas para os médicos continuarem o atendimento e esta é uma ação legítima dos profissionais que atendem no Hospital Nossa Senhora das Graças, exigindo condições dignas de trabalho. Se nada for feito e a remuneração atrasada não for paga, vamos reunir os médicos em Assembleia Geral Extraordinária para definir que apenas procedimentos de urgência serão realizados, resultado da precariedade da situação enfrentada pelos profissionais”, afirma o diretor do Simers.
Os médicos do HNSG aguardam o pagamento referente aos serviços prestados em julho deste ano, com o restante dos valores previstos para serem quitados nos dias 8 e 16 de outubro. O Sindicato Médico encaminhou ofício ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) e ao Cremers no dia 27 de setembro, alertando sobre a possível desassistência que as irregularidades nas remunerações podem acarretar. Situação que também afeta os médicos do Hospital de Pronto-Socorro de Canoas (HPSC) e do Hospital Universitário (HU).
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.