Hospital de Cerro Branco fecha a partir desta sexta-feira e agrava crise na saúde
O Hospital Silvio Scopel, em Cerro Branco, na região Central do Estado, fechou nesta sexta-feira (31) por falta de recursos. A decisão foi tomada pela direção do hospital após reunião na manhã de hoje na sede local do Ministério Público...
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31/03/2017 17:39
Reunião ocorreu na sede do MP em Cachoeira do Sul. Foto: Divulgação/SIMERS
O Hospital Silvio Scopel, em Cerro Branco, na região Central do Estado, fechou nesta sexta-feira (31) por falta de recursos. A decisão foi tomada pela direção do hospital após reunião na manhã de hoje na sede local do Ministério Público e foi tomada após negativa do prefeito Jorge Hoffmann de repassar verbas à instituição. A decisão deixa desassistida a população do município, de cerca de cinco mil pessoas.
O encontro teve a participação da promotora Maristela Schneider e representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Prefeitura, Secretaria Municipal de Saúde, direção do hospital, Sindisaude e 8ª Coordenadoria Regional de Saúde. Ficou definido que, na próxima semana, o Ministério Público reunirá a prefeitura e a coordenadoria de saúde para definir novos parâmetros de atendimento na cidade.
No encontro, o SIMERS cobrou uma decisão das autoridades a respeito do futuro do hospital. O prefeito respondeu reafirmando que não tem condições de repassar recursos para a manutenção do hospital e que iria incrementar os investimentos na atenção básica. Diante dessa manifestação, a direção do hospital disse que não tem como manter o local funcionando e, dessa forma, iria fechar as portas.
No encontro, a direção do hospital reiterou que colocará o prédio, equipamentos e o terreno à venda, a fim de quitar o passivo trabalhista. Atualmente, estão em atraso os salários de fevereiro e o 13º salário de 2016. A dívida da instituição é de cerca de R$ 160 mil. De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), atualmente a unidade conta com 31 leitos, sendo 23 deles disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O SIMERS reafirma que é contra mais uma redução de leitos no Estado, o que agrava a precarização da saúde no Estado, e cobra providências da gestão pública. Entre 2014 e 2016, o Rio Grande do Sul já perdeu 595 leitos, também segundo o CNES.
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