A importância da troca de informações entre profissionais da área médica
Dividir as informações do paciente com os integrantes do corpo clínico transformando a relação mais horizontal com a equipe é uma evolução dos tempos. Esse tipo de atuação ocorre no Hospital Psiquiátrico São Pedro. Segundo a psiquiatra Roberta Grudther, coordenadora da...
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22/07/2016 14:12
Dividir as informações do paciente com os integrantes do corpo clínico transformando a relação mais horizontal com a equipe é uma evolução dos tempos. Esse tipo de atuação ocorre no Hospital Psiquiátrico São Pedro. Segundo a psiquiatra Roberta Grudther, coordenadora da residência médica da psiquiatria do Hospital Psiquiátrico São Pedro e chefe da unidade Mario Martins Masculina, a equipe multidisciplinar é fundamental para fazer a saúde mental integral. “Não existe saúde mental sem a presença de psiquiatra, mas também não existe saúde mental apenas com o psiquiatra sozinho. Precisamos trabalhar em equipe sempre focando no paciente, nas necessidades que ele apresenta, nas possibilidades que aparecem para reabilitação até mesmo para encontrar um suporte social que através da doença faz com que o paciente se exclua. Então é importante que a equipe trabalhe junto porque o olhar tem que ser transdisciplinar para poder ajudar o paciente a melhorar a sua saúde e retomá-la de forma integral”.
A ala Mario Martins Masculina possui 30 leitos para pacientes com transtornos mentais agudos.
Para a enfermeira do Hospital Psiquiátrico São Pedro, Denise Simon Coitinho, a opinião da equipe é levada mais em consideração do que em um modelo de hospital geral onde as equipes são divididas. “Aqui conseguimos trabalhar mais no cuidado integral ao paciente através dessa troca de informações que ocorre entre os profissionais da área de enfermagem, médicos, residentes, estagiários porque trabalhamos sempre em equipe. Nos reunimos uma vez por semana para fazer a troca de impressões dos casos.” Para Denise o modelo de concentrar as informações no médico mudou muito até porque todos trocam as informações revelando o seu ponto de vista. “A enfermagem age junto com toda a equipe porque está presente 24h no hospital, então discutimos tudo, passamos as informações uns com os outros para chegar ao diagnóstico, conduta, discussão de alta, encaminhamento pós-alta”, explica.
Já para a vice-presidente do SIMERS e emergencista do Hospital Conceição, Maria Rita de Assis Brasil, trabalhar junto com uma equipe multidisciplinar é fundamental. “Hoje vivemos em uma situação bem diferente do que antigamente onde o médico era aquele ser onipotente, que tinha todo o saber. Atualmente isso não existe mais porque sai em prejuízo ao próprio paciente. Com os novos tempos essa relação médico paciente é mais aberta, dividimos com o paciente e seus familiares às condutas, os diagnósticos o que é muito positivo”, afirma.
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