Manifestação contra a violência percorre principais ruas do Centro da Capital
"Paz, paz, paz! Porto Alegre pede paz!". Esse grito que ecoou pelas principais ruas do Centro de Porto Alegre foi a marca da manifestação pelo fim da violência no Estado promovida nesta terça-feira (16) por familiares da médica Graziela Müller...
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16/08/2016 22:18
"Paz, paz, paz! Porto Alegre pede paz!". Esse grito que ecoou pelas principais ruas do Centro de Porto Alegre foi a marca da manifestação pelo fim da violência no Estado promovida nesta terça-feira (16) por familiares da médica Graziela Müller Lerias, de 32 anos, brutalmente morta em um assalto no domingo passado, na Capital. O ato, ocorrido em frente ao prédio do Museu de História da Medicina (MUHM), reuniu familiares, colegas e amigos da médica, além de representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e outras entidades.
Com roupas brancas, tarjas pretas e portando balões brancos e faixas lembrando da tragédia e manifestando luto, o grupo chamou a atenção da sociedade para os graves problemas de segurança que assolam a Capital e o Estado. Todos os discursos, emocionados, reforçaram a insegurança e o medo que rondam os gaúchos diariamente. O grupo soltou os balões e seguiu, em passeata, pela Independência, Riachuelo, Borges de Medeiros e Jerônimo Coelho, até chegar à Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. Próximo do destino, as palavras de ordem eram: "Paz, paz, paz! O Rio Grande pede Paz!" e "Ei, Sartori, cadê você? Eu vim aqui, quero viver!". Em frente à sede do governo gaúcho, a mobilização continuou. Velas foram acesas no chão em homenagem a Graziela.
"Infelizmente, estamos aqui hoje para lutar por paz, para denunciar a luta pela paz e protestar pela morte da nossa colega. A questão da violência é uma pauta recorrente do sindicato. Estamos cansados de trabalhar em uma situação de insegurança, tanto para os profissionais quanto para aqueles que consultam. Há insegurança por toda parte. No mesmo momento em que a Graziela era morta, na Zona Sul da cidade acontecia o mesmo com um trabalhador.
Não suportamos mais isso. Temos que ter uma política de segurança pública. Não aguentamos mais essa situação, na qual temos que lamentar perdas de vidas", afirmou a vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, acompanhada do diretor do Sindicato e diretor do MUHM, Germano Bonow.
Após a chegada no Piratini, uma comissão formada pela vice-presidente do SIMERS, amigos e colegas de Graziela foi recebido pelo chefe da Casa Civil do Estado, Márcio Biolchi, e pelo chefe de Polícia do RS, Emerson Wendt. Ambos manifestaram solidariedade aos familiares da médica e disseram que as investigações para identificar os responsáveis pelo crime estão em andamento.
Solidariedade - O Sindicato Médico do RS (SIMERS) divulgou nota, na segunda-feira, reforçando que a morte da médica Graziela reforça os índices insuportáveis de violência no Estado.
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