Manifestação marca mais um capítulo da luta pelo Hospital Centenário

As faixas dependuradas davam o tom da manifestação. No pátio, profissionais do Hospital Centenário, em São Leopoldo, protestavam contra o parcelamento dos salários, o não-pagamento integral do 13° do ano passado e o sucateamento da instituição. Nas ruas, os funcionários distribuíam panfletos para a população explicando como o hospital chegou a essa situação. A paralisação ocorreu das 10h às 14h e não prejudicou os atendimentos. Conforme o diretor clínico do hospital, Carlos Arpini, a situação, que já era ruim, piorou ainda mais agora. “Os profissionais não conseguem se alimentar tranquilamente tendo em vista que o refeitório do hospital foi fechado para contenção de despesas”, ressaltou. O diretor do Simers Willian Adami considera relevante a mobilização, e prevê outra ainda maior no início de setembro. “Gostei de ver que as categorias se uniram para reverter este quadro. Não são só os médicos, enfermeiros e técnicos que precisam de uma solução, mas sim a população inteira”, desabafou Adami.

Mesa de negociações

Na tarde desta quinta-feira (23/ago) foi instaurada a Mesa Permanente com Trabalhadores da Fundação Hospital Centenário, que busca reverter a atual crise no hospital. O grupo é composto pelo Simers e outros sete sindicatos que representam as categorias de profissionais que atuam no Centenário, além de representantes da Gestão Municipal. Na ocasião, foi apresentada a minuta preliminar do regimento interno de negociação, que contém regras a serem seguidas. Os grupos terão de lê-la com atenção e fazer as considerações para apresentar na próxima reunião, marcada para o dia 13 de setembro – quando será redigido o documento final.