Mediação no TRT termina com nova proposta ao Sindiberf
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Mediação no TRT termina com nova proposta ao Sindiberf

Na segunda audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ocorrida na tarde desta segunda-feira (17), o desembargador João Pedro Silvestrin propôs que se iniciem também as negociações para a reposição do INPC de 2017, em paralelo com a...

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17/04/2017 19:00

Maria Rita destacou a falta de valorização dos profissionais. Foto: Divulgação/SIMERS
Maria Rita destacou a falta de valorização dos profissionais. Foto: Divulgação/SIMERS
Na segunda audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ocorrida na tarde desta segunda-feira (17), o desembargador João Pedro Silvestrin propôs que se iniciem também as negociações para a reposição do INPC de 2017, em paralelo com a que já está em andamento, referente a 2016. Com isso, metade do índice (que pode variar de um mês para o outro) seria pago na data-base de cada categoria e a outra parcela 60 dias depois. No caso dos médicos, a primeira parte seria recebida em julho. A proposta foi feita diante da atitude irredutível do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos (Sindiberf), que se limita em oferecer 5% para a recomposição salarial do ano passado - com pagamento até o mês anterior à data-base de cada categoria para aqueles que ainda não receberam o índice -, frente a um percentual que foi de 9,91%. O posicionamento da patronal é encarado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) como desrespeitoso. “Sou forçada a dizer que muitos dos médicos que trabalham em hospitais ligados ao Sindiberf não pensam duas vezes ao receber uma proposta para atuar em outro local, dada a desvalorização enfrentada pelos profissionais. A resposta trazida por vocês, ao invés de pensar na qualidade do serviço oferecido, é arrocho salarial. Falta profissionalismo na gestão”, destacou em sua fala a vice-presidente do Sindicato Médico, Maria Rita de Assis Brasil. Na mesma linha, Silvestrin se mostrou preocupado com a situação atual dos filantrópicos. “Se os gestores e o poder público não têm coragem de fechar as portas dos hospitais, me parece que isso vai acontecer automaticamente por falta de profissionais, que cada vez menos vão querer trabalhar nessas condições”, ressaltou.

Próximos passos

A patronal tem até o dia 24 para definir se aceita a proposta feita pelo desembargador. Caso a resposta seja positiva, a oferta segue para votação em assembleia das categorias. Como um acréscimo à proposição de Silvestrin, o SIMERS e demais sindicatos representantes dos trabalhadores pedem ainda que seja paga uma quantia mínima, com valor a ser definido, como reposição do INPC de 2017. O objetivo é garantir que os profissionais com salários mais baixos sejam valorizados e aumentem seu patamar de remuneração.
Tags: Sindiberf reposição salarial TRT mediação

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