Médicas defensoras do ‘Volta às aulas’ apresentam movimento aos diretores do Simers
Defesa

Médicas defensoras do ‘Volta às aulas’ apresentam movimento aos diretores do Simers

A comissão de médicas de Porto Alegre que integram o movimento Volta às Aulas apresentou a defesa da mobilização à diretoria do Simers.

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07/04/2021 17:45

A comissão de médicas de Porto Alegre que integram o movimento Volta às Aulas apresentou a defesa da mobilização à diretoria do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), no final da tarde de segunda-feira (5), em reunião virtual que contou com a presença do presidente da entidade, Marcelo Matias, e dos diretores Alessandra Felicetti e Guilherme Peterson.

Com mais de 1,8 mil assinaturas de médicos do Rio Grande do Sul captadas em apoio a essa mobilização, a comissão pediu atenção do Simers ao movimento que visa o retorno gradativo dos alunos do ensino fundamental às aulas presenciais. Entre os argumentos de defesa, as médicas explicaram que "o cenário de crise na saúde ocasionado pela pandemia da covid-19, apesar de gerar desassistência para adultos e idosos, não teve o mesmo impacto na população pediátrica". As profissionais ainda ressaltaram que relatórios nacionais, assim como a literatura mundial, não demonstraram risco aumentado de adoecimento, internações ou óbitos para crianças, principalmente até os dez anos.  

As defensoras do movimento Volta às Aulas citaram os benefícios das aulas presenciais às crianças e observaram que o afastamento delas das escolas pelo período prolongado ocasionou um aumento de doenças psiquiátricas, impacto negativo no desenvolvimento biopsicossocial, atraso nos marcos do desenvolvimento nos menores de dois anos, como a fala e comunicação não verbal, obesidade, puberdade precoce, déficit de cognição , no aprendizado e distúrbios do sono. O movimento critica a ação judicial que determinou o fechamento das escolas sem avaliação sobre questões técnico-científicas da literatura pertinente, lembrando que, através da lei estadual 15.603, de 23 de março de 2021, a educação se tornou serviço essencial no Estado, "o que evidencia a inadequação dos argumentos para a interrupção do calendário escolar".

Os dirigentes do Simers agradeceram as considerações e deferências à entidade feitas pelas médicas Camila Jaeger, Débora Todeschini Coral, Larissa Enéas, Larissa Durões, Mariana Pedrini Uebel e Roselaine. Eles  explicaram que a entidade defende a autonomia médica  para exercer a profissão com respeito ao Código de Ética Médica, em defesa de procedimentos que considerarem necessários pertinentes à promoção da saúde e proteção à vida dos seus pacientes. Os representantes da entidade médica consideraram a importância da discussão dessa  pauta que trata da saúde integral das crianças e ponderaram sobre os elevados e pertinentes  cuidados no momento de gravidade da pandemia do novo coronavírus. Conforme o presidente do Simers, Marcelo Matias, "o tema será apresentado aos membros da diretoria e aos pares institucionais".

Tags: Covid-19 coronavírus pandemia

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