O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em Erechim, na quinta-feira, 30. Os médicos presentes na reunião também optaram, em sua maioria, pelo descredenciamento do IPE-Saúde, caso as demandas apresentadas pela entidade médica não sejam aceitas. O objetivo deste encontro foi debater as mesmas questões que já foram levantadas nas assembleias realizadas nesses últimos dias pelo interior do Estado: a defasagem na tabela de honorários. Um problema antigo que tem gerado prejuízos financeiros para os médicos que atuam pelo plano, e que tem se acumulado ao longo dos anos.
O encontro em Erechim foi mais uma oportunidade para os médicos se unirem em uma ação conjunta e reivindicar seus direitos. A reunião também contou com a presença do deputado estadual Paparico Bacchi. O parlamentar falou que sua bancada deve “abraçar a causa”. "Nós queremos trazer esse debate para dentro do parlamento gaúcho, para podermos equalizar esse momento que não é bom pra ninguém, médicos, usuários e IPE. Esse debate que nós estamos começando a travar sobre a questão do IPE no Rio Grande do Sul, com certeza será uma das pautas que vai marcar a 55ª legislatura. Nós estamos falando de mais de 1 milhão de beneficiários, da sobrevivência dos hospitais, motivação dos médicos a prestarem seus trabalhos e o mais importante, as pessoas que ao longo da sua vida acreditaram e precisam desse plano de saúde’, disse.
Para o delegado do Simers em Erechim, Cezar Assoni, a decisão tomada pelos profissionais que atuam no município foi de extrema importância. "Nós queremos primeiramente que os usuários do IPE sejam bem atendidos. Para isso os profissionais que prestam esse atendimento precisam ser devidamente remunerados”, avaliou.
Ao final desta rodada de assembleias, a diretoria do Simers no Norte Gaúcho, Sabine Chedid, afirmou: "Observamos ao longo dessas semanas de intenso trabalho no interior do RS, mais especificamente a Região Norte, que existe um consenso entre os médicos, por entenderem que a relação estabelecida pelos médicos não tem a menor possibilidade de permanecer como está. Ouvindo todos os colegas no interior do Estado, estamos caminhando para um descredenciamento, caso a autarquia não dê a atenção devida à essas questões enfrentadas ao longo desses anos. Nós temos posições bem firmadas e não abriremos mão daquilo que consideramos indispensável para o bom atendimento da população”, completou.
Na próxima segunda-feira, 3 de abril, um novo encontro será realizado em Porto Alegre reunindo de forma híbrida os médicos de todo o Estado. Após essa reunião, serão levadas as posições definitivas dos médicos para a administração do IPE e Governo.
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