Em assembleia realizada nesta quarta-feira (25), os médicos que atuam no Hospital de Caridade de Três Passos decidiram manter a mobilização que exige o afastamento da administradora, Paula de Paula, a discussão de alternativas para o pagamento do passivo de R$ 4 milhões devido aos médicos e participação ativa na elaboração de um plano de reestruturação que viabilize a sustentabilidade financeira do hospital. Os médicos aguardam para ainda nesta semana a manifestação documental da diretoria da Associação Hospital de Caridade de Três Passos (AHCTP), acerca do pleito de afastamento da diretora administrativa da instituição.
A assembleia, que reuniu dezenas de médicos, teve a participação do Diretor de Interior do Simers, Fernando Uberti, que destacou que a situação do hospital é uma das mais graves do estado hoje. O atraso nas remunerações, somente neste ano, é de mais de seis meses. Além disso, há um passivo para os médicos que remontam a 2016.
Uberti e o médico João Álvaro Machado repassaram as informações de uma reunião, antes da assembleia, com o presidente da AHCTP, Lauro Borth, e com a assessora jurídica da instituição, Fernanda Sossmeier. No encontro, Borth explicou que o déficit mensal da instituição gira em torno de R$ 700 mil e que não há como dar prazo para o pagamento do passivo. No entanto, acenou com a possibilidade de obtenção de um empréstimo com uma instituição financeira, que poderia garantir a manutenção do hospital e o pagamento do déficit operacional e do passivo para os médicos. Por causa disso, os médicos também decidiram dar um prazo até o final do ano para que a administração apresente soluções para saldar as dívidas.
A respeito do termo de confissão de dívida, Uberti reforçou que, sem a definição de um prazo para o pagamento do valor devido aos médicos, o documento seria inócuo. Ele salientou que a assembleia teve boa participação e que reforçou a mobilização da categoria. "Os médicos estão unidos e mais uma vez dão um voto de confiança à instituição, no que se refere ao pagamento dos valores em atraso. Porém, mais do que nunca é necessário diálogo e boa relação entre o corpo clínico e a direção, o que exige uma resposta firme do hospital nessa direção”, afirmou.
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