Os médicos do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) decidiram suspender as rescisões contratuais que haviam sido encaminhadas e entrariam em vigor a partir da 0h desta quinta-feira. A medida foi tomada em confiança às declarações do prefeito Airton Souza, que prometeu à imprensa a regularização dos pagamentos em atraso, apesar da ausência de um documento oficializando esse compromisso.
A decisão foi tomada na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) coordenada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Durante a reunião, os médicos receberam orientação de formalizar imediatamente a suspensão dos avisos de rescisão. No entanto, a categoria segue atenta ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo próprio chefe do Executivo municipal.
Compromisso público e orientação com o atendimento
A categoria decidiu aguardar até 15 de fevereiro , data em que a Prefeitura prometeu quitar os honorários relativos a novembro. A quitação dos valores referentes a dezembro foi anunciada para 15 de março . Os médicos reforçam que a manutenção do trabalho nesse período ocorre por responsabilidade com a população e pelo compromisso ético que norteia a profissão.
A diretora da Região Metropolitana do Simers, Alessandra Felicetti, destacou que a decisão foi tomada diante da falta de medidas concretas por parte da administração hospitalar para garantir a assistência à população. “Os colegas estão preocupados com a população e decidiram esperar esses dez dias, na confiança de que o prefeito de Canoas vai honrar sua palavra empenhada na imprensa. Estamos sensíveis a isso e levando em consideração toda essa situação, pois não recebemos nenhuma resposta ao ofício comunicado, que pedia um cronograma de pagamento”, afirmou.
Além disso, a diretora ressaltou que o Simers vem tentando contato reiterado com a prefeitura e a direção do hospital, mas sem sucesso.
Impacto na rede de urgência e emergência
A indefinição sobre o pagamento dos médicos do HPSC não apenas compromete a estrutura do hospital, mas também pode gerar reflexos negativos na rede de urgência e emergência da região. A categoria alerta que a falta de uma solução para a crise pode impactar o atendimento em Canoas e sobrecarregar os serviços da capital, Porto Alegre.
A AGE foi mantida aberta para permitir que o chamado imediato dos profissionais caso haja mudanças no cenário, garantindo uma resposta ágil da categoria diante de qualquer descumprimento do prazo previsto. O Simers segue acompanhando de perto a situação, cobrando providências e garantindo que a solução do problema não prejudique a população que depende do HPSC.
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