Médicos do IMESF se unem a outras categorias e entram em greve a partir do dia 31

Os médicos do Instituto Médico de Estratégia e Saúde da Família (Imesf) entram em greve a partir da próxima terça-feira, 31 de julho, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por unanimidade na noite desta quinta-feira (26), em assembleia geral realizada na sede do Simers. Os médicos estão há dois anos e meio sem reposição salarial. Nesse período, as tentativas de formalização de um novo acordo coletivo não prosperaram. Durante as negociações, foram sete reuniões no Tribunal Regional do Trabalho. Nesse período, a gestão do Imesf sempre alegou ser incapaz de atender as reivindicações dos trabalhadores. Atualmente, o Imesf conta com 57 médicos, sendo 29 fixos e 28 temporários. A proposta do Simers e de outras entidades era a de acordar cláusulas sociais e manter as questões de ordem econômica em aberto, para serem buscadas através da Justiça. Além disso, a entidade médica e outros sindicatos buscavam transformar a Gratificação de Incentivo ao Desempenho (GID), não regulamentada desde a criação do Imesf, ao salário, mantendo o percentual de 10%, evitando impacto econômico aos cofres públicos. Já o Imesf defende que a gratificação seja regulamentada, o que geraria perda salarial a muitos servidores. Para a diretora do Simers Clarissa Bassin, a greve foi a única saída diante do despreparo do poder público. “Estamos vendo um cenário muito grave e a prefeitura de Porto Alegre está cega, surda e muda aos anseios desses profissionais. Depois de quase três anos de negociações, a gestão municipal foi incapaz de fazer alguma proposta. Isso sinaliza desconhecimento e despreparo. Hoje, os médicos se unem na luta com outras categorias por mais saúde e condições de trabalho”, salienta Clarissa. Na próxima segunda-feira (30), haverá outra reunião no TRT para estabelecer as normas da greve. A gestão municipal foi convidada a comparecer. Os médicos seguem em assembleia permanente.